Triclosan, flúor, cloreto de
belzalcônio e clorexidina. Esses são alguns dos produtos químicos normalmente
presentes em pastas de dentes considerados nocivos à saúde, que podem causar
desde irritação na pele e até resistência bacteriana e câncer, sem falar nos
danos ao meio ambiente causados pelas embalagens. É o que constata o artigo
científico “Impactos Ambientais da Pasta de Dente”, produzido por um grupo de alunos orientados
pela professora de biologia e pesquisadora da USP, Mônica Fogaça.
Que tal aprender a fazer um creme
dental caseiro, que além de barato não possui toxinas e não agride o meio
ambiente?
Aprenda na receita abaixo do site
Outra Medicina. Lembrando que é possível acrescentar outros produtos naturais
para dar um gosto a mais, como hortelã ou menta.
Ingredientes:
2 colheres de sopa de casca de
laranja, ou limão, completamente secas
¼ de xícara de bicarbonato de
sódio
2 colheres de chá de sal
Modo de Preparo:
Faça a moagem da casca, em um
moinho ou em um processador de alimentos. Acrescente o sal e o bicarbonato.
Misture tudo, e volte a passar pelo processador até obter um pó muito fino.
Guarde em um frasco que possa ser bem fechado. Quando for utilizar, umedeça a
quantia desejada e escove os dentes como de costume.
Conheça abaixo mais detalhes,
contidos no artigo, sobre os impactos das pastas de dentes na saúde e ambiente.
Formol
O Formaldeído, também conhecido
como formol, formalina, aldeído fórmico ou oximetileno, que é usado com
anti-séptico (que inibe a proliferação de micro-organismos). O formol gera
alguns impactos à saúde, como ser irritante para a pele, olhos e para o sistema
respiratório, o que o compromete. Essa mesma substância, segundo um estudo,
mostra que a exposição doméstica do formol aumenta o risco de asma brônquico na
infância. Um estudo feito pelo IARC (International Agency for Research on
Cancer), em setembro de 2004, mostrou que o formol foi classificado como
cancerígeno para humanos.
Triclosan Tóxico
Outra substância encontrada em
alguns cremes dentais (como, por exemplo, Colgate Total) é o Tryclosan ou
Triclosan, que tem função de anti-séptico e bacteriostático. Segundo alguns
estudos, o Triclosan, se exposto a grandes quantidades de cloro (presente na
água), forma o clorofórmio, que, de acordo como a Agência de Proteção Ambiental
dos EUA, é considerado uma das causas do câncer. O triclosan também pode formar
diclorobenzeno-p-dioxina 15, resultado do triclosan com o sofrimento de
degradação da luz. A substância resultante acima é considerada cancerígena.
Pode-se considerar o triclosan
como uma substância bem tóxica e que, se continuar nos cremes dentais, pode deixar
a população doente.
Nitrato de Potássio (KNO3)
O nitrato de potássio, além de
ser usado na pasta de dente, é usado também em adubos, como a vinhaça, que,
dependendo da quantidade utilizada, pode fazer mal ao solo, pois pode alterar
suas propriedades químicas e físicas. Essas alterações podem melhorar a
agregação, o que gera uma maior capacidade de infiltração da água no solo e
aumentam as chances de ocorrer uma lixiviação de íons (perda da parte negativa
dos átomos).
Essa lixiviação contamina as águas
subterrâneas quando há grandes quantidades e promove a dispersão de partículas
do solo, reduzindo as chances de infiltração de água e elevando o escoamento
superficial, as chances de secar o solo e contaminar as águas superficiais.
Além disso, o KNO3 pode ser
nocivo se ingerido, pois causa tosse, dor de garganta, vermelhidão na pele e
nos olhos, dor abdominal, tontura, diarreia e convulsões. O produto pode ser
inflamável e/ou explosivo, se entrar em contato com substâncias combustíveis, e
pode explodir, se entrar em contato com substâncias redutoras.
Flúor
O flúor é usado para a prevenção
de cárie. Sendo colocado para a prevenção nas mais variadas formas: fluoretação
das águas de abastecimento público, pela sua adição ao leite, ao sal e ao
açúcar.
Após uma dose de fluoreto
certamente letal (5 a 10g de fluoreto de sódio), aparecem sinais de irritação
gastrointestinal violenta, tal como náusea, vômito e diarreia. Desenvolve-se um
estado de choque e a vítima morre frequentemente entre 2 a 4 horas após a ingestão
de fluoreto. Quando as quantidades são um pouco menores, como 8 mg, os sintomas
são menos sério, mas ainda pertinentes. É só uma questão de dose que diferencia
entre remédio e veneno.
Não há dúvida de que a descoberta
das propriedades anticariogênicas do flúor constitui um marcos mais importantes
da Odontologia.
Existe um aumento potencial para
a ingestão de doses tóxicas de fluoreto, por causa do aumento do uso de
produtos com sabor agradável.
Conclui-se que o flúor deve ser
usado, mas de forma adequada, pois pode acontecer a intoxicação, mesmo ela
sendo bem rara pela quantidade que se deve ingerir.
PEG (Polietilenoglicol)
O PEG é um polímero (composto
químico de elevada massa molecular) formado pelo etileno glicol (um álcool),
que pode ser encontrado em vários objetos. De acordo com um trabalho realizado
em 2006 na Dinamarca, o PEG pode causar um perigo de dermatite alérgica.
Em um congresso especializado, se
concluiu que o uso do PEG deve ser restrito às unhas e nunca deve entrar em
contato com a pele. Mas há controvérsias dizendo que o PEG é relativamente
seguro.
Dependendo do fabricante, o PEG
pode conter diversos tipos de impurezas, incluindo óxido de etileno, dioxano e
metais tóxicos, como arsênico, níquel e cobalto.
Ou seja, muitos dizem que faz mal
e poucos, que faz bem. Mas, de acordo com a pesquisa realizada, obtivemos mais
informações que comprovam que o PEG faz mal.
Fonte: Ecodesenvolvimento.com