A publicação aponta os desafios
de introduzir na área urbana um novo conceito de habitação e construção
Foto: Martim Garcia/MMA
|
Para quem está pensando em
construir ou reformar de forma sustentável, foi disponibilizada uma cartilha
com orientações sobre como fazer moradias que gerem economia e durabilidade e
respeitem o meio ambiente. A cartilha, nomeada de Construções e Reformas
Particulares Sustentáveis, foi lançada pelo Ministério do Meio Ambiente (MMA) e
trás dicas aos consumidores sobre material e projetos sustentáveis, além de
ensinar a melhor forma de se fazer o descarte de resíduos sólidos.
A publicação aponta o desafio que
a sociedade moderna enfrenta de introduzir na área urbana um novo conceito de
habitação e construção, que ofereça mais qualidade de vida aos habitantes das
grandes cidades com menor impacto ao meio ambiente. Uma das alternativas para
alcançar esse objetivo é praticar o consumo sustentável, usando com mais
eficiência os recursos e os materiais necessários para a construção ou reforma
e diminuindo, assim, o desperdício. A ideia do Ministério é oferecer a cartilha
também em locais relacionados à construção, como lojas e comércio.
De forma didática, a publicação
traz um mapa que mostra, em cada cômodo da casa, quais são as opções para
execução de uma obra dentro dos conceitos de sustentabilidade. Além disso, o
caderno aponta quais são as melhores disposições dos ambientes em uma
residência para garantir o grau adequado de insolação e ventilação natural de
cada lugar.
A publicação destaca que é
importante desenvolver projetos que utilizem a iluminação e a ventilação
naturais e outras vantagens que o meio ambiente provê. A sustentabilidade está
diretamente ligada aos "3 Rs": reduzir, reutilizar e reciclar. Essas
ações podem estar presentes em uma obra sustentável.
Economia sustentável
De acordo com os dados da
cartilha, uma casa ou prédio sustentável gera uma economia de aproximadamente
30% em sua manutenção, gasta menos água e energia elétrica e tem uma vida útil
muito maior. O uso de material reciclado em lugar de produtos novos também
poderá trazer economia.
Outro aspecto positivo é que,
atualmente, as moradias sustentáveis estão em alta no mercado imobiliário.
Esses imóveis são, em média, de 10% a 30% mais valorizados. Reformas que tornem
imóveis antigos mais eficientes também se beneficiam dessa valorização extra.
Segundo o caderno, nas áreas
externas, a proposta é valorizar os elementos naturais no tratamento
paisagístico e o uso de espécies nativas. Também é indicado utilizar reciclados
da construção e pavimentação permeável. Prefira o piso externo intertravado,
feito de material prensado e que possui vida útil longa e baixo custo de
manutenção.
O uso de material reciclado em
lugar de produtos novos também poderá trazer economia
|
Redução de energia
Para economizar energia, a sugestão
é a utilização de iluminação de longa vida e baixo custo. Outra solução que
ajuda a economizar energia elétrica é a instalação de um "dimmer",
dispositivo que regula a intensidade luminosa, e de sensores de presença nos
ambientes. Na hora de equipar a residência, é importante ficar atento ao
comprar os eletrodomésticos. A dica é verificar a etiqueta Procel (Selo Procel
Eletrobras de Economia de Energia), que indica o consumo energético dos
aparelhos, e optar por aqueles mais eficientes.
Já para economizar água,
reaproveite a água da chuva. Construa cisternas para armazenagem e utilize a
água para regar jardins, lavagem de pátios, etc. Utilize também dispositivos
economizadores de água: torneiras, bacias sanitárias e chuveiros com
tecnologias que proporcionam a diminuição do consumo de água.
Descarte de resíduos
A publicação também orienta sobre
o descarte correto dos resíduos sólidos, que neste caso, são compostos em sua
maioria por sobras das obras. Ela explica que, durante a reforma ou construção,
é necessário separar espaços, na residência, para separação adequada de
resíduos, e que, ao contratar a caçamba para entulhos, a pessoa procure saber
se a empresa descarta os resíduos corretamente.
Certifique-se que a obra esteja
de acordo com a Política Nacional de Resíduos Sólidos, do MMA, que prevê a
destinação correta do lixo, incentivando a reciclagem e a sustentabilidade. A
cartilha reforça que a estimativa é que mais de 50% dos resíduos sólidos
gerados pelo conjunto de atividades da sociedade sejam provenientes da
construção.
- Leia o documento na
íntegra –
Por Portal Brasil
Fonte: Ecodesenvolvimento.com