A reciclagem é uma das ações mais incentivadas e acessíveis
à população. No entanto, o sucesso dessa prática depende das ações individuais,
mas também é imprescindível contar com políticas públicas, cooperativas e
tecnologias, para que a maior quantidade possível de resíduos seja
reaproveitada adequadamente.
Conforme reportagem de Alan Severiano, transmitida no Jornal
Nacional, plástico, metal e vidro são itens constantemente separados pelos
trabalhadores que atuam nas esteiras das cooperativas. Porém, em meio a essa
separação existem itens que são normalmente descartados e vão direto para
aterros sanitários. As embalagens de salgadinho e isopor são exemplos disso.
A explicação para a falta de interesse no material é o baixo
custo, aliado à falta de compradores. Durante entrevista, Claudio Rodrigues,
presidente de uma Cooperativa, explicou que a dificuldade em transportar o
isopor, por exemplo, impede o sucesso do trabalho. O resíduo é muito leve e
acaba ocupando muito espaço durante a logística.
Existem algumas ações pontuais que minimizam este problema.
A empresa TerraCycle, por exemplo, trabalha com a logística reversa das
embalagens de salgadinhos, chocolate, entre outros alimentos, que são
utilizadas como matéria-prima para a fabricação de bolsas, estojos e
nécessaires. Uma das fabricantes de salgadinhos ainda reaproveita as embalagens
para fazer prateleiras para novos produtos.
Quanto ao isopor, a reportagem mostrou uma cooperativa
paulistana, equipada com uma máquina capaz de triturar e retirar o ar do
isopor, para que ele tenha o tamanho reduzido e facilite o transporte. Em
consequência desse processo a cooperativa compra o isopor a 50 centavos o quilo
e consegue vendê-lo por 90 centavos. O investimento traz um retorno bastante
positivo à cooperativa, mostrando como o processo de separação de resíduos e reciclagem
pode ser ainda mais eficiente e lucrativo.
Fonte: Ciclo Vivo