Até 2018, Estocolmo, capital da Suécia, ganhará um bairro
totalmente sustentável, idealizado como expansão do centro: Hammarby Sjöstad.
Para repaginar a antiga área industrial e portuária - na
beira do lago que leva o nome do novo distrito - e acolher 36 mil pessoas em 11
500 apartamentos, estão sendo investidos cerca de 3,5 bilhões de euros,
recursos oriundos da prefeitura, de empresas de infraestrutura e do mercado
imobiliário. "Todos os edifícios se beneficiarão de luz natural", diz
Stellan Fryxell, do escritório Tengbom, responsável por oito dos mais de 100
projetos que compõem o grandioso master plan.
Um deles é o Glashusett , centro de visitantes criado para
orientar turistas. O arquiteto, que participou no mês passado de um simpósio da
Unep-SBCI (entidade ligada ao programa ambiental da ONU) em São Paulo, citou
alguns dos pontos altos da proposta: a eletricidade e a calefação geradas pela
queima de parte do lixo e pelo biogás produzido no tratamento do esgoto
doméstico, o abastecimento de 150 ônibus e carros com biogás, o reúso de água e
a triagem automatizada de materiais recicláveis nos restos descartados dos
prédios.
LIÇÃO NÓRDICA
O arquiteto Stellan Fryxell dá pistas para a criação de um
bairro verde:
- Trabalho multidisciplinar em equipe: a cooperação entre
autoridades do governo, arquitetos, engenheiros e especialistas em meio
ambiente é essencial para o sucesso da empreitada.
- Soluções ambientais: eficiência energética, baixa emissão
de carbono e sistemas cíclicos que reaproveitam a água dos esgotos, por
exemplo, podem funcionar como atrativos para novos moradores, escritórios e
turistas.
- Design inteligente: em tempos de riscos climáticos e
aumento dos custos de água e energia, é preciso pensar em construções menos
impactantes e, ao mesmo tempo, fáceis de ser mantidas e recuperadas.
Fonte: Planeta Sustentável