A busca por fontes limpas de energia – que não exploram
recursos fósseis e não emitem carbono – chegou a um experimento científico
peculiar. Pesquisadores da Universidade Case Western Reserve, de Ohio,
conseguiram extrair energia de reações químicas que acontecem no estômago das
baratas.
Os cientistas introduziram uma célula de biocombustível no
abdômen de uma barata e usaram uma enzima para quebrar os açúcares produzidos
pelo inseto. As moléculas de açúcar mais simples são quebradas por outra enzima
e então o processo libera elétrons, que por sua vez são atraídos por um
eletrodo – também introduzido na barriga da barata -, formando uma corrente
elétrica.
Com uma voltagem de 0.2 volts, foi possível extrair 100
microwatts – o que ainda é pouco, mas não fez com que os pesquisadores
menosprezassem o potencial das baratas. A ideia agora é melhorar a tecnologia
de célula de biocombustível e as formas de implante.
Isso tudo acontece, é claro, com os insetos vivos. Mas os
cientistas garantem que as baratas não sofrem nenhum dano com o experimento, já
que elas têm sistema circulatório aberto e não perdem sangue com a pressão
exercida em seu corpo.
Sabemos que a barata é um dos bichos mais resistentes – diz
a lenda que elas sobreviveriam a um desastre nuclear -, mas você concorda com
essa forma de obtenção de energia limpa?
Fonte: Superinteressante