Evento também marcou a
inauguração da Câmara Técnica de Educação Ambiental da Subseção Campinas
A
Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental (ABES-SP), em
continuidade à missão de disseminar práticas inovadoras e ser referência no segmento,
realizou o II Workshop Panorama do Setor de Saneamento para Jovens
Profissionais, na Unicamp – Universidade Estadual de Campinas, no dia 12 de
abril.
Na
ocasião, Jaqueline Rocha, secretaria da Subseção Itapetininga da ABES-SP,
definiu o programa Jovens Profissionais do Saneamento (JPS) como uma oportunidade
de desenvolvimento contínuo para despertar habilidades e lideranças entre os
jovens que começam a atuar na área do saneamento ambiental, bem como satisfazer
as necessidades presentes e futuras do setor.
Para
fomentar a idéia, Fátima Valério de Carvalho, assessora da diretoria
metropolitana da Sabesp, ministrou a palestra “Saneamento básico: experiências
do passado, constatações do presente e o futuro, o que esperar?”.
Na
apresentação, a especialista forneceu um contexto histórico aos presentes, ao
citar as grandes epidemias e pestes alastradas pela Europa entre os séculos V e
XV. “A partir deste ponto houve a consciência sobre a saúde pública, mas ela
apenas seria correlacionada com o meio ambiente na Idade Moderna”, afirmou.
Segundo
ela, devido à falta de planejamento, grandes déficits foram gerados, como a
existência de 900 milhões de pessoas sem o acesso à água tratada atualmente. A
especialista ainda citou as metas da Sabesp, que estipula em 95% a quantidade
de esgoto coletado e em 100% o tratamento deste montante. “Este é o nosso
desafio para o ano de 2023” ,
disse. “Entretanto, encontrar o equilíbrio entre as ações do homem e a
conservação de recursos naturais é um desafio a todos nós”, completou.
Fátima
apontou um dado alarmante da Associação Brasileira das Concessionárias Privadas
de Serviços Públicos de Água e Esgoto (ABCON), cuja estimativa denota a
necessidade de R$ 155 bilhões para a universalização do saneamento no Brasil.
Para finalizar, mencionou uma célebre frase do escritor Guimarães Rosa: “a água
de boa qualidade é como a saúde ou a liberdade: só tem valor quando acaba”.
Nova câmara
O
evento ainda reservou a inauguração da Câmara Técnica de Educação Ambiental da
Subseção Campinas da ABES-SP. De acordo com Ana Lucia Brasil, coordenadora da
Câmara Técnica de Comunidades Isoladas da Associação, o objetivo é conferir aos
atuantes do setor uma ferramenta orientativa para conduzir projetos sociais.
Maria
de Lurdes, representante da mesma câmara de Ana Lucia, disse que a nova
representação se articulará com as demais. “Em São Paulo , temos uma
estrutura melhor que os outros estados, mas os hábitos sanitários são os
mesmos. Falta educação”, considerou, ao justificar a importância da nova
câmara.
Ana
Lucia também falou da história da ABES que, desde 1966, é reconhecida como uma
instituição devidamente capacitada para exercer, de forma ampla e plural, uma
significativa liderança nos diversos setores que integram o saneamento básico e
ambiental brasileiro. “A ABES tem o diferencial de ser uma associação
múltiplo-funcional, já que possui engenheiros, advogados, estudantes e
jornalistas, entre outros profissionais, como sócios. Isto nos capacita a ter
uma atuação muito mais ampla”, finalizou.
por Victor Faverin
por Victor Faverin