O
bairro Vila Machado localiza-se às margens da represa Paiva Castro no município
de Mairiporã a cerca de 10 km do centro da cidade. É um bairro típico de
periferia, composto por 240 domicílios, com soluções individuais de coleta de
esgotos sanitários, dos quais 60%
utilizam fossa negra como forma de esgotamento. Essa estrutura de
saneamento em que os moradores são responsáveis pelo encaminhamento e
disposição dos esgotos domésticos foi o diferencial para escolha desta área.Em
um trabalho anterior realizado pela Sabesp junto a comunidade da Vila
Machado foram levantadas as seguintes
prioridades da população: coleta de esgotos (águas servidas) e coleta de lixo (eliminação
de vetores, mau cheiro e doenças de
veiculação hídrica); a construção de centro de convivência que englobaria
creche, pré-escola e área de lazer para as crianças; calçamento adequado,
iluminação e Posto Policial.Baseada nestas questões, a Associação Brasileira de
Engenharia Sanitária e Ambiental – Seção São Paulo (ABES-SP), que é uma ONG sem fins lucrativos, elaborou o Projeto
Piloto Vila Machado. O objetivo é buscar
modelo de gestão sustentável e participativa, que garanta a destinação adequada
dos esgotos gerados bem como a preservação dos recursos hídricos, garantindo a saúde da população e a proteção
do meio ambiente.
Área selecionada para a realização do projeto
Este projeto, que terá duração de 12 meses, é financiado pelo Fundo Estadual de Recursos Hídricos (FEHIDRO) da Secretaria Estadual de Estadual de Saneamento e Recursos Hídricos do Estado de São Paulo, Sabesp e ABES e tem apoio da Unicamp e da Prefeitura Municipal de Mairiporã.
A implementação do projeto se dará através de metodologias de educação participativa, composta por encontros, oficinas temáticas, palestras e dinâmicas para envolvimento dos moradores e parceiros na realização de um diagnóstico e identificação de possíveis soluções de esgotamento. Com essas informações serão acordadas soluções técnicas e de gestão das mesmas, envolvendo a comunidade e as instituições parceiras em todo o processo, do projeto até a construção, e por fim, operação e manutenção das unidades de tratamento. Espera-se haver entendimentos entre a comunidade e os parceiros do Projeto para implantação da alternativa de esgotamento escolhida. No escopo do projeto não está prevista a construção de obras. Essa será uma etapa posterior a ser acordada entre população, parceiros e Prefeitura.