quinta-feira, 30 de janeiro de 2014

ARTIGO: Engenheiro ambiental, ator essencial à sociedade sustentável

Historicamente, o desenvolvimento do conhecimento aplicado – tecnologia e inovação - galgou-se em visões tecnicistas e reducionistas dos sistemas naturais à categoria de recursos para a geração de riquezas. Sistematicamente, ignorou-se, por variados motivos, o tempo, a fragilidade e as necessidades de regeneração do meio físico natural, mesmo sendo o principal suporte da vida.
A engenharia clássica adota como modelo decisório para os seus empreendimentos o rendimento econômico, utilizando os materiais e as energias da natureza, apoiada em conhecimentos científicos, com o objetivo de realizar empreendimentos de máxima rentabilidade financeira. Os engenheiros preocupavam-se em responder de forma eficiente, dentro desta lógica, aos problemas que surgiam. Porém, os efeitos adversos (externalidades) dos sistemas produtivos e da expansão urbana, com destaque ao crescimento populacional, não foram contabilizados.
O resultado que observamos hoje são as crises ambientais de proporções imprevisíveis: escassez de água potável e contaminação de corpos hídricos, redução da biodiversidade, alterações climáticas locais e globais, contaminação do solo e do ar, desmatamento e queimadas das matas e florestas, geração e destinação inadequada dos resíduos sólidos, deslizamentos em áreas habitadas, extravasamento.
 É neste contexto de desafios complexos e intricados que a solução dos problemas de grande magnitude demandava um profissional com uma visão ampla e integrada, capaz de propor um desenvolvimento urbano e de sociedade, integrando ambos. Nos seus primórdios remetia-se à Engenharia Civil e Sanitária, e, mais recentemente, com uma visão tecnológica, integrada e interdisciplinar, constituindo-se como uma peça chave no desafio contemporâneo de relacionar sociedade-economia, cultura, ciência, tecnologia, política e meio ambiente, entendendo tanto sociedade quanto meio ambiente como partes de processos de interações permanentes.
Dessa forma, o engenheiro nos dias atuais assume responsabilidades de gerenciamento de pessoas e processos que requerem, além dos conhecimentos técnicos, conhecimentos humanos e sociais. Recomenda-se, assim, como atributos do profissional em engenharia ambiental, uma educação ampla, crítica e reflexiva, necessária para entender o impacto das soluções da engenharia para um desenvolvimento urbano sustentável local, regional e global.
Nossa capacidade transformadora é maravilhosa!
Considerada como uma das graduações mais promissoras, a Engenharia Ambiental no Brasil é voltada para o desenvolvimento econômico sustentável com a função de resolver problemas concretos de prevenção e remediação (atividade corretiva) diante das ações antrópicas, mediante aplicações da tecnologia disponível, pontual e localmente apropriada, respeitando os limites dos recursos naturais e humanos. É um profissional interdisciplinar, o elo entre todos os profissionais envolvidos em uma obra. Sua visão deve ser sistêmica.
Não faltam desafios aos engenheiros ambientais, pois sobram problemas do passado e o futuro aponta para preocupações cada vez mais pungentes na área das ciências.
 A escolha de 31 de janeiro deve-se ao fato de, nessa data, ter-se graduado no Brasil a primeira turma de engenheiros ambientais.
Parabenizamos todos os acadêmicos e profissionais pela passagem do dia e aproveitamos para desejar sucesso e realizações.
PARABÉNS, ENGENHEIROS AMBIENTAIS!!!!

Leonardo Varallo, acadêmico de Engenharia Ambiental pela UFABC e membro JPS -SP;
Thiago Leite, Engº Ambiental; Roger Gregório, Engº Civil e coordenador do JPS-SP;
Magner Alandey Dantas da Silva, Engº Ambiental e membro do JPS.
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