Durante a temporada de outono no
hemisfério norte, um satélite da Agência Espacial Europeia (ESA) monitorou o
Oceano Ártico e detectou um aumento de 50% no volume de gelo marinho em relação
ao ano passado. Chamado de Cryosat, o equipamento verificou que o mar de gelo
do Ártico media cerca de 9.000 quilômetros cúbicos nos últimos meses de outono,
contra os 6.000 quilômetros cúbicos registrados ano passado.
Embora a observação tenha revelado
bons resultados em comparação ao ano anterior, a ESA destacou que os dados não
indicam uma inversão da tendência do aquecimento global. Mesmo assim, o cenário
é bem mais positivo do que na medição anterior, quando, devido a um degelo
recorde, o gelo do Ártico registrou sua menor extensão desde quando tiveram
início as observações.
Entre 1980 a 1989, o gelo marinho
no Ártico nestes mesmos meses chegava a medir 20.000 quilômetros cúbicos.
Naquela época, começavam a ganhar força os primeiros movimentos em nome do
desenvolvimento sustentável, em meio à globalização excessiva e ao intenso
processo de industrialização, sobretudo nos países em desenvolvimento.
De acordo com a INFO, o satélite
CryoSat foi lançado em 2010 pela ESA, com o objetivo de obter informações sobre
o gelo marinho no Oceano Ártico – como extensão, espessura e outras
propriedades relacionadas a estas formações glaciares. A Agência Espacial
Europeia vem desenvolvendo diversas importantes pesquisas na área de meio
ambiente: recentemente, os cientistas da ESA descobriram que o terremoto que
deu origem ao tsunami causador do acidente nuclear de Fukushima alterou a
gravidade da Terra.
Fonte: Ciclo Vivo