A expedição vai compor uma
exposição
em Museus | Fotos: Divulgação
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Um grupo de cientistas e artistas
resolveu fazer uma expedição pelas praias de um dos lugares mais selvagens da
América, o Alasca. Durante o trabalho, chamado de Giro, e que tem o objetivo de
conscientizar a população sobre o que o lixo pode causar a vida marinha, os
pesquisadores descobriram que parte dos resíduos marinhos encontrados no local
vem de uma grande corrente oceânica conhecida como Giro do Pacífico Norte.
E espantem-se: há detritos
arrastados do tsunami japonês, ocorrido em 2011. Embora esse lixo venha de
todas as formas e tamanhos, quase tudo é de plástico.
Segundo Julie Decker, curadora do
Museu Anchorage e uma das participantes da jornada, encontrar esses resíduos
fez aumentar a conscientização sobre o lixo marinho.
A equipe do Giro achou milhares
de mata-moscas estampadas com logos de equipes de esportes americanos,
engradados de plástico de cerveja, refrigerante e inúmeras garrafas. O tipo
mais comum de lixo foram os materiais perdidos de barcos de pesca e navegação
comercial, como redes de pesca, boias e corda - objetos que são mais propensos
a armadilhas marinhas, prejudicando a vida selvagem.
Resíduos e Arte
Os resíduos coletados durante a
expedição serão usados para criar esculturas voltadas a uma exposição
comissariada do Museu de Anchorage. "Os artistas vão se engajar em
pesquisa da mesma maneira que os cientistas fazem", explicou Julie ao site
Fast.Co Exist.
Mark Dion, um dos artistas
presentes na expedição, sugere que artistas e cientistas sejam aliados naturais
no esforço para impedir que os oceanos do mundo se tornem um grande aterro,
porque ambos pensam e se preocupam profundamente com questões de conservação.
Após a exposição no Museu
Anchorage, os organizadores vão reembalar as peças para realizar apresentações
itinerantes ao redor do mundo.
Fonte: Ecodesenvolvimento.com