Nem cabeamento, nem combustíveis fósseis: a próxima
tendência entre os ônibus urbanos devem ser as baterias elétricas, que evitam
as emissões de carbono causadas pela queima de gasolina e diesel e aproveitam
até a frenagem, paradas e subidas para gerar energia. O CicloVivo acompanhou de
perto a novidade, produzida nacionalmente e já incorporada em algumas partes do
Brasil – e, pelo que tudo indica, a tecnologia tende a ficar bem mais comum num
futuro não muito distante.
Mesmo enfrentando vários problemas de infraestrutura, os
ônibus evitam que milhões de pessoas tirem seus carros da garagem para se
deslocar nas cidades. Agora, os veículos coletivos apostam em tecnologias mais
eficientes e limpas – é o caso da
Eletra, empresa brasileira que apostou no ônibus elétrico híbrido – que já roda
na região metropolitana de São Paulo.
Iêda Maria Oliveira, gerente comercial da Eletra, explica
que o ônibus ainda emite uma carga mínima de carbono na atmosfera. “O elétrico
híbrido tem tração elétrica, porém, este sistema é alimentado por um motor, que
tem como função gerar energia. Assim, o ônibus híbrido reduz em 95% a emissão
de material particulado, porque a aceleração ativa o motor elétrico, e nunca o
motor a combustão”, afirma.
Em contrapartida, a representante da empresa lembra que a
meta é colocar os ônibus puramente elétricos nas ruas. “A autonomia e o alto
preço das baterias ainda é um desafio no país, mas as tecnologias estão
avançando para que a gente alcance este sonho”, contou com exclusividade ao
CicloVivo a representante da empresa.
Embora os ônibus sustentáveis tenham maior custo de
produção, a indústria acredita que a população não deverá pagar a mais pelo
serviço. Com base em pesquisas, a representante da Eletra disse que os usuários
do sistema de transporte público preferem andar nos ônibus elétricos aos
convencionais. “As tarifas deste ônibus vao ser iguais: a vantagem é que, as
pesquisas apontam que os passageiros preferem os veículos elétricos, por serem
mais confortáveis e silenciosos”, finalizou Iêda.
Por Gabriel Felix
Fonte: CicloVivo