quarta-feira, 11 de setembro de 2013

Limitar desmatamento não prejudica economia, diz pesquisa


Em 2009, o Brasil promulgou a Lei da Política Nacional sobre Mudança Climática em que se compromete, até 2020, a reduzir entre 36,1% e 38,9% das emissões de gases que causam o efeito estufa. Para alcançar essa meta, uma das principais medidas é diminuir 80% do desmatamento na Amazônia Legal e 40% no cerrado. A partir disso, um estudo de mestrado desenvolvido na Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade de Ribeirão Preto (FEARP) da USP analisou qual o impacto da redução do desmatamento nessas áreas sobre o setor agropecuário e a economia brasileira.

A pesquisa “Impactos econômicos da limitação do desmatamento no Brasil” foi apresentada, em abril deste ano, ao Programa de Pós-Graduação em Economia da FEARP pela pesquisadora Caroline de Souza Rodrigues Cabral sob a orientação do professor doutor Ângelo Costa Gurgel.

Segundo a pesquisadora, os impactos econômicos das políticas de limitação do desmatamento no Brasil são praticamente insignificantes diante dos efeitos positivos da preservação de milhões de hectares de florestas e cerrados que deixariam de ser transformados em áreas agrícolas até 2050. Principalmente porque o país tem capacidade de aumentar a produtividade das pastagens e converter áreas de vegetação secundária e subaproveitadas em cultivos agrícolas.

Para chegar aos dados, ela utilizou o modelo de equilíbrio geral computável EPPA, capaz de considerar as relações entre os diferentes setores da economia e uma ampla gama de distorções de políticas.

A pesquisa trabalha com projeções entre os anos de 2020 e 2050, quando o desmatamento na Amazônia e Cerrado chegaria a zero. O resultado mostrou que a redução na produção setorial chega a, no máximo, 1,87% na agricultura, 1,81% na pecuária e 1,54% no setor de alimentos em 2050. As políticas de redução do desmatamento também pouco alterariam a trajetória de crescimento da economia, gerando uma diminuição de, no máximo, 0,15% no Produto Interno Bruto (PIB).


Veja a matéria completa aqui.

Fonte: CicloVivo
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