O parque inglês Cotsworld
Wildlife comemorou o nascimento de duas lebres-da-patagônia. Este simpático
animal, que pesa em média oito quilos na idade adulta, é um dos maiores
roedores do mundo.
Endêmica da região da Patagônia
argentina, a lebre é um roedor herbívoro que se alimenta de plantas e raízes.
Com um único salto, ela consegue cobrir uma distância de até dois metros,
tomando impulso com as unhas das patas traseiras.
Suas relações são monogâmicas e
duram a vida toda, algo incomum entre os roedores. As fêmeas dão à luz até três
filhotes por ninhada, que nascem depois de três meses de gestação.
Cada casal
de lebres-da-patagônia vive em um território de cerca de 40 hectares e habita
cavernas subterrâneas, que constrói aproveitando os ninhos abandonados de
outras espécies.
O mamífero também é criado em
cativeiro (onde vive em média sete anos) ou como animal de estimação, e pode
ser muito sociável. Mas seu habitat natural são as estepes semiáridas e
desertos de arbustos espinhosos da Patagônia. No entanto, é cada vez mais
difícil encontrá-los na natureza.
Apesar dos esforços das
autoridades argentinas para proteger a espécie, a distribuição é reduzida pela
destruição progressiva de seu habitat. Além do desenvolvimento da agricultura e
da relativa urbanização dos pampas argentinos, a lebre precisa competir por
alimentos com ovelhas e outros animais introduzidos na região pelo homem.
Apesar de todas as medidas de proteção, os roedores ainda são alvo de
caçadores, que os abatem para retirar a pele, o que já provocou extinções
localizadas na província de Buenos Aires.
Atualmente, há exemplares da
lebre-da-patagônia em pelo menos doze áreas de proteção ambiental, e a espécie
é classificada como “vulnerável” em toda a Argentina. Também está na Lista
Vermelha da União Internacional para a Conservação da Natureza, que define a
espécie como “quase ameaçada”.
Fonte: Ciclo Vivo