quinta-feira, 12 de setembro de 2013

De volta à baía


Fonte de renda de coletores, o berbigão habita o mangue e filtra a água do mar para se alimentar. Projeto de repovoamento da baía garante que a espécie esteja no cardápio dos grandes centros urbanos

O berbigão (Anomalocardia brasiliana) é o mesmo molusco que chega à mesa dos restaurantes em metrópoles brasileiras rebatizado de vôngole. O nome é italiano, mas o animal é nativo de nosso litoral.

Até a década de 1990, as águas da baía Sul, em Florianópolis, eram fartas de berbigão. Na época, criou-se a primeira reserva extrativista marinha no país, chamada de Pirajubaé, no estuário do rio Tavares. A ideia era destinar o local à coleta da espécie. Só que logo depois da criação da reserva, 8 milhões de metros cúbicos de areia e lodo foram arrancados do mar para aterrar parte do manguezal e, dessa forma, abrir caminho para a rodovia que liga o centro da capital de Santa Catarina ao aeroporto Hercílio Luz.


Não fosse um projeto de repovoamento da baía local feito pela Universidade do Vale do Itajaí (Univali), até o cardápio de grandes centros urbanos em outras regiões estaria comprometido. "Noventa por cento do vôngole consumido na cidade de São Paulo vem daqui", diz o chef Ubiratan Farias, principal articulador da valorização do berbigão.

Fonte: Planeta Sustentável
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