O projeto Lixo que Vale possibilita que os moradores da
cidade de Umuarama (PR) troquem materiais recicláveis por alimentos, nas feiras
livres montadas pelos próprios produtores locais. O objetivo da ação é diminuir
a quantidade de lixo no município, além de aumentar o alcance do radar da
reciclagem e ainda ajudar as pessoas em situação de vulnerabilidade social.
Ao entregarem o lixo nos postos credenciados, os
participantes do projeto recebem em troca Moedas Verdes – espécie de crédito
fictício válido apenas nas feiras livres, a cada quinze dias. Para participar
do programa, no entanto, o usuário precisa ser cadastrado a uma cooperativa de
catadores de materiais recicláveis da cidade. “Esta é uma maneira diferente de
envolver a comunidade na preservação do meio ambiente”, comentou o secretário
de Agricultura e Meio Ambiente, Antônio Carlos Fávaro.
Por meio da iniciativa, os participantes recolhem e pesam o
lixo semanalmente, e cada Moeda Verde é adquirida com um quilo de material
reciclável. A lista de alimentos oferecidos para trocas é bem extensa,
incluindo 20 tipos diferentes de frutas, verduras e legumes, além de bolachas,
doces, pães, ovos, carnes e até rapadura.
Catadora mostra suas Moedas Verdes: cada uma equivale a um
quilo de material reciclado. Foto: José Anselmo Sabino - Assessoria deImprensa/PMU
“É tudo coisa de primeira, fresquinha, que sai direto do
pequeno produtor rural, passa pelo Banco de Alimentos e é distribuído aos
moradores. Os benefícios são enormes. Uma alimentação de qualidade melhora a
saúde, dá mais disposição para o trabalho e ajuda no desempenho escolar. O
dinheiro que as famílias economizam com a compra desses alimentos pode bancar
outras necessidades, melhorando a qualidade de vida de todos”, diz o
prefeito de Umuarama, Moacir Silva.
Os engajados no projeto dizem que, além de aumentar a
qualidade de vida da população e colaborar para o meio ambiente, a iniciativa
também diminui o envio de resíduos ao aterro sanitário da cidade paranaense. No
entanto, os participantes alertam que boa parte da população ainda não está
acostumada com a coleta seletiva. Prova
disso é que os catadores encontram peças de informática, móveis e até
eletrodomésticos no meio do lixo orgânico.
Fonte: CicloVivo