Criada por dois biólogos e um
designer, a empresa francesa WikiPearl produz embalagens comestíveis, a fim de
driblar o desperdício de materiais e lutar por um mundo com menos embalagens de
plástico, papel e outros resíduos sólidos. Depois de anos de aperfeiçoamento, a
equipe conseguiu fabricar membranas capazes de proteger alimentos, como
sorvete, iogurte, café e outras bebidas, que podem ser lavadas ou ingeridas
pelos consumidores.
Envolto comestível criado por um biólogo protege alimentos
sólidos, líquidos e cremosos. | Foto :Divulgação/WikiPearl
|
A ideia de produzir embalagens
comestíveis partiu de David Edwards, biólogo e professor da Universidade de
Harvard, nos Estados Unidos. Em seus estudos, o especialista identificou que as
cascas de frutas que protegem a polpa de bactérias e outros agentes externos
são compostas de partículas solúveis – as mesmas encontradas nas embalagens que
podem ser ingeridas pelo homem.
Foi necessário o apoio da
comunidade científica e um investimento da ordem de 10 milhões de dólares para
o biólogo desenvolver e colocar à venda as embalagens naturais e comestíveis,
capazes de proteger qualquer material – seja ele sólido, líquido ou cremoso.
Ao observar o sucesso de sua
criação, batizada de WikiCell, Edwards se juntou a mais dois amigos e abriu um
estabelecimento para vender o produto em Paris. Ao lado do biólogo Don Ingber e
do designer François Azambour, foi criado o WikiBar, ponto de venda da
embalagem comestível. Por lá, os clientes pagam cerca de R$7,50 por cada
unidade.
A embalagem comestível criada por
Edwards começou a ser desenvolvida em 2009, depois que o biólogo pensou em uma
alternativa para acabar com o excesso de resíduos gerados pela comercialização
de alimentos e bebidas. No vídeo abaixo (em francês), o biólogo dá mais detalhes
sobre a fabricação das embalagens comestíveis:
Fonte: Ciclo Vivo