Britânicos relacionam aumento de águas-vivas no
oceano com a
elevação das temperaturas. | Foto :Sebastian Anthony/Flickr
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A elevação das temperaturas do
planeta, as alterações climáticas, a poluição e a pesca excessiva são fatores
que vêm aumentando o número de águas-vivas nos oceanos e nas praias do mundo
todo. A conclusão foi apontada pelo instituto britânico Marine Conservation
Society (MCS), que relacionou as temperaturas mais quentes nos oceanos com o
aumento da observação de águas-vivas nos ecossistemas marinhos, principalmente
no Reino Unido.
De acordo com Peter Richardson,
diretor do programa de biodiversidade da MCS, a combinação destes fatores
causados pelo homem está totalmente ligada ao aumento da aparição das
águas-vivas no planeta. “Há algumas provas de que o número de águas-vivas está
aumentando em vários locais do mundo, ainda que alguns cientistas acreditem que
este número aumente e diminua a cada 20 anos”, explicou Richardson.
A instituição britânica acredita
que as águas-vivas assumam a função de indicadores da qualidade dos oceanos. O
problema é que, em maior frequência em alto-mar, estes animais podem atrapalhar
a atividade pesqueira; já nas praias, a aparição das medusas coloca em risco a
segurança dos banhistas.
Para aprimorar o estudo sobre as
águas-vivas que aparecem nas praias britânicas, o instituto criou um programa
para incentivar os banhistas a registrarem as observações dos animais nas
praias. A ação também deixa claro que é necessário manter a distância das
águas-vivas.
Em maio deste ano, uma espécie de
medusa australiana foi encontrada por pescadores na praia de Itaguá, em
Ubatuba, litoral norte de São Paulo. A aparição da água-viva vinda da Oceania
deixou a comunidade científica em alerta – e o animal foi direcionado ao
Aquário de Ubatuba, que analisou os hábitos e o desenvolvimento da espécie.
Fonte: Ciclo Vivo