Keetwonen é o nome da maior
condomínio de contêineres do mundo. Viver em uma dessas “caixas” reutilizadas
era um conceito novo na Holanda, quando a empresa Tempohousing lançou a ideia,
mas a cidade de Amesterdã deu um passo corajoso para contratar este serviço e
torná-lo realidade.
O projeto de moradia estudantil,
transformou mil unidades de contêineres para oferecer todas as amenidades que
um estudante pode querer. Além do óbvio uso “verde” dos contêineres, Keetwonen
integrou um telhado para acomodar a drenagem de águas pluviais, enquanto
proporciona a dispersão de calor e isolamento para os contêineres abaixo.
O projeto acabou por ser um
grande sucesso entre os estudantes e é agora o segundo dormitório estudantil
mais popular oferecido pela empresa "De Key", na cidade. O temor
inicial de algumas pessoas era de que as casas de contêiner poderiam ser muito
pequenas, barulhentas, frias ou muito quentes, porém tudo acabou por ser
infundado. O projeto acabou sendo espaçoso, silencioso e bem isolado e,
certamente, é mais valorizado, em comparação com as outras casas de estudantes
na cidade.
Os contêineres vêm completos com
todas as comodidades, por vezes ausente em dormitórios estudantis: banheiro e
cozinha individuais, varanda, quarto separado e sala de estudo, grandes janelas
que oferecem uma vista panorâmica e luz natural e, até mesmo, um sistema de
ventilação automática com velocidades variáveis. O aquecimento é a partir de um
sistema de caldeira de gás natural central.
A água quente é fornecida por um
tanque de 50 litros por casa e uma conexão de internet de alta velocidade está
incluída, bem como um sistema central de telefonia para os visitantes na porta
principal.
Todo o projeto foi concebido de
acordo com a maneira que os estudantes gostam de viver: um lugar para si sem
ter que dividir o chuveiro e vaso sanitário com estranhos. Mas, ao mesmo tempo,
a ideia é oferecer uma gama de possibilidades para participarem da vida social
do dormitório, incluindo as festas.
A “cidade universitária” conta
com um café, supermercado, espaço de escritórios e área de esportes. As
unidades são organizadas em “blocos” e cada bloco contém uma unidade de serviço
com eletricidade centralizada, internet e sistemas de rede. Os blocos têm uma
área fechada interna para estacionamento de bicicletas.
Embora o projeto tenha sido
inicialmente concebido para permanecer neste local por apenas cinco anos,
espera-se que a transferência seja adiada para 2016. O projeto começou no final
de 2005 (primeiras 60 casas comissionadas) e foi concluída em meados de 2006.
Fonte: Ciclo Vivo