A incineração será capaz de suprir a metade da demanda de
energia
de São Bernardo.|Foto :Oscar Jupiracy/Prefeitura de São Bernardo do
Campo
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A cidade de São Bernardo do Campo
receberá a primeira instalação de aproveitamento da incineração do lixo entre o
final de 2015 e o início de 2016. O projeto conta com o orçamento de R$ 600
milhões, valor disponível para colocar a usina em prática.
O lixo é queimado e o vapor
gerado é usado para movimentar as turbinas. Nesse processo, a incineração será
capaz de suprir a metade da demanda de energia de São Bernardo, cidade que
possui cerca de 170 mil habitantes. A usina vai gerar até 22 megawatts/hora.
Estima-se que sejam produzidas 11
bilhões de toneladas de lixo diariamente no mundo, e, por conta disso, já há
mais de trinta países que decidiram aproveitar a queima desses resíduos para
gerar energia. O maior exemplo é a Suécia, que chega a importar, anualmente,
800 mil toneladas de lixo da Noruega, para manter a fonte alternativa no país.
O Brasil conta com duas unidades
que geram energia a partir do lixo. Entretanto, o processo não é da queima, é
aproveitado o biogás liberado durante a decomposição. É o caso da Usina de
Biogás do Aterro Metropolitano de Gramacho, no Rio de Janeiro, que tem
capacidade para suprir 10% da demanda energética da Refinaria Duque de Caxias
(Reduc), da Petrobras, com uma produção anual de 70 milhões de metros cúbicos
de gás verde.
São Bernardo gasta R$ 14 milhões
por mês para descartar as 700 toneladas de lixo produzidas diariamente na
cidade. Os resíduos são enviados para o aterro Lara, em Mauá.
Fonte: Ciclo Vivo