Pincelar as paredes cinzas dos
centros urbanos com um pouco de natureza é o trabalho do botânico Patrick
Blanc*, que viaja o mundo construindo jardins verticais em ambientes externos e
internos das cidades.
A intenção do francês é
reconectar os urbanoides com o verde – segundo ele, cerca de 3,5 bilhões de
pessoas vivem atualmente nas cidades sem contato com a natureza – e, de quebra,
trazer um monte de benefícios para os municípios, como ar mais limpo, clima
mais ameno, aumento da umidade do ar e redução do barulho, já que as plantas
são ótimas isolantes acústicas.
O botânico coleciona jardins
verticais ao redor do mundo (você pode ver todos eles aqui), mas em toda a
América do Sul apenas a cidade de São Paulo teve a sorte de receber uma
visitinha do francês, que deixou sua marca na Fundação Armando Alvares Penteado
(FAAP). Blanc até tinha um projeto para o Rio de Janeiro, mas a ideia não saiu
do papel.
Conhecido como o Pai dos Jardins
Verticais, o botânico também pode ser considerado um artista, já que encara as
paredes em que trabalha como telas de pintura gigantes, onde faz composições
harmônicas de várias espécies diferentes de plantas – cuidadosamente escolhidas
com base nas condições locais.
A manutenção dos jardins
verticais também é uma preocupação para Blanc, para que seu trabalho não vire
um fardo para os moradores da cidade, quando for embora. As plantas são fixadas
em um feltro especial, que é irrigado regularmente com fertilizantes,
garantindo que as espécies tenham os nutrientes que necessitam e que as raízes
não cresçam demais, à procura de água.
Confira, abaixo, algumas das
obras de arte vivas de Patrick Blanc ao redor do mundo. Quem aí não ficaria
feliz com uma visitinha do botânico na rua de casa?
Cingapura
Lisboa
Paris
São Paulo
Fonte: Superinteressante