O número de espécies da fauna e
flora que são consideradas extintas ou ameaçadas no planeta não para de
crescer. Nova versão da Lista Vermelha da União Internacional para Conservação
da Natureza (IUCN), divulgada nesta segunda-feira (1), conta com 700 novos
animais e plantas classificados como ameaçados nas categorias
"criticamente em perigo", "em perigo" e
"vulnerável".
Das 70.294 espécies avaliadas
pela IUCN para a nova lista, 20.934 - ou seja, quase 30% - correm o risco de
desaparecer para sempre do planeta, sendo que mais de quatro mil se encontram
em situação criticamente perigosa.
No reino vegetal, a organização
destaca as coníferas - como as araucárias - como as mais ameaçadas. 34% das
espécies dessa família de plantas - que são consideradas os maiores e mais antigos
seres vivos do planeta - podem sumir para sempre. O número é 4% maior do que em
1998, quando foi feita a última avaliação semelhante das coníferas.
Já no reino animal, a IUCN
destaca três exemplos de populações de bichos em declínio preocupante:
- os botos-do-índico do rio
Yangtze, na China, cuja população diminui em mais de 5% ao ano, desde 1980;
- os caramujos cone, típicos de
ambientes marinhos tropicais e considerados os maiores invertebrados conhecidos
pelo homem e
- os camarões de água doce, dos
quais 28% estão ameaçados de extinção.
A nova Lista Vermelha apresentada
pela IUCN aponta, ainda, três novas espécies extintas: o Chioninia coctei,
pequeno lagarto do arquipélago de Cabo Verde, o Cyprinodon arcuatus, peixe da
bacia do Rio Santa Cruz, no Arizona, e o camarão de água doce Macrobrachium
leptodactylus. Na atual lista, 799 espécies são consideradas extintas do
planeta e 61, da natureza, havendo ainda exemplares em cativeiro.
A IUCN pretende fazer mais uma
revisão da Lista Vermelha, ainda em 2013.
Fonte: Planeta Sustentável