No último sábado (27), os países da União Europeia e a China
firmaram um acordo que regula a importação de painéis solares e de outros
produtos, dando fim a uma disputa econômica que ficou conhecida como guerra
comercial solar. A decisão é fruto de seis semanas de negociações, e estabelece
um preço mínimo aos produtos importados pelos orientais, que precisam estar
mais próximos aos valores praticados pelo mercado internacional.
A guerra comercial teve início quando os fabricantes de
painéis solares europeus perceberam que os chineses estavam se beneficiando dos
subsídios estatais, os quais permitiram a exportação dos painéis fotovoltaicos
a baixo custo, no valor de 21 bilhões de euros – enfraquecendo, assim, as
empresas europeias do mesmo ramo.
Como resposta, a União Europeia estava prestes a impor
tarifas restritivas de comércio às empresas da China. Porém, com medo de gerar
instabilidade política e enfraquecer os negócios com o país oriental, os
líderes da UE voltaram atrás na medida, influenciados, principalmente, pelo
governo alemão.
De acordo com o Comissário de Comércio da UE, Karel de
Gucht, o acerto de contas entre as partes foi uma solução amigável. "Estou
satisfeito com a oferta de estabelecimento de preço submetida pelos
exportadores de painéis solares chineses", declarou o representante sobre
a imposição do preço mínimo para as importações. Do outro lado do mundo, o
porta-voz do Ministério do Comércio da China, Shen Danyang, mostrou-se
satisfeito com o acordo, considerando a decisão como um desfecho altamente
construtivo.
As autoridades orientais firmaram um acordo de comércio com
os europeus, mas seguem travando uma disputa com o mercado de energia solar dos
EUA: neste caso, a concorrência entre os dois países ainda parece estar longe
de um entendimento.
Com informações do Instituto Carbono Brasil.
Fonte: CicloVivo