Tudo começa com produtos que na
sua casa poderiam se transformar em lixo. Mas um cientista brasileiro descobriu
que por meio da queima de garrafas PETs, bagaço de cana de açúcar, restos de
milhos e pneus velhos é possível produzir nanotubos de carbono. Essa novidade
pode ajudar a indústria brasileira a obter maior variabilidade de dispositivos
na medicina, na produção de cosméticos, implantes e de aparelhos eletrônicos.
Além de seus potenciais usos, a
novidade ajuda a reduzir a poluição ambiental, ao evitar que gases poluente
sejam liberados para a atmosfera, reduz a quantidade de lixo no mundo, também
evita a extração de novos recursos naturais. Essa descoberta foi feita pelo
físico brasileiro Joner de Oliveira Alves, ele realizou testes em laboratório
com os quatro tipos de resíduos durante a tese de doutorado para chegar a este
resultado, informou a Info.
Para transformar todos estes
resíduos em alta tecnologia, os materiais orgânicos e inorgânicos são
incinerados em um forno e depois filtrados, por meio de um processo químico. Em
seguida, é liberado hidrogênio, um gás limpo lançado no ar, e carbono, em forma
de pó. Eis que surgem os nanotubos, estrutura 50 mil vez mais finas que um fio
de cabelo.
Este material costuma ser
exportado pelo país, mas é usado como reforço em materiais poliméricos e
cerâmicos e tem um vasto campo de aplicações na indústria. Porém ainda não
existem empresas que produzem esses materiais em larga escala no Brasil. A
indústria cosmética é a que mais tem investido nesse tipo de material.
"Como os nanotubos são partículas muito pequenas, conseguem penetrar em
camadas da pele que outras substâncias não alcançam", afirma Joner.
Fonte: Ecodesenvolvimento.com