Com a força que a agricultura urbana vem ganhando em São
Paulo, um grupo de arquitetos, paisagistas, engenheiros e ativistas decidiu
criar o Movimento 90º, responsável pela construção de jardins verticais com
materiais reciclados nos prédios da capital paulista. A solução sustentável
diminui a temperatura dos ambientes e melhora a qualidade do ar – e a cidade já
conta com prédios residenciais e lojas que possuem plantas nas paredes
externas.
"Temos a intenção de transformar a cidade, ocupando
essas paredes de prédios sem janelas", explica Guil Blanche,
diretor-executivo do Movimento 90º. Para construir os jardins, o grupo utiliza
módulos leves feitos de materiais reciclados, como caixas de leite e tubos de
pasta de dente, forrados com camadas de um tecido parecido com o feltro. O
jardim é composto por módulos presos na parede, que contam com sistema automático
de irrigação, e instalado por especialistas em andaimes.
Os jardins construídos nas fachadas dos prédios vêm sendo
encarados por especialistas do setor imobiliário como um bom recurso estético,
que também diminui o barulho e a temperatura interna do edifício. Na Vila
Madalena, zona oeste de São Paulo, já foi construído um empreendimento
residencial com o jardim vertical. Além disso, a solução foi instalada em uma
escola e também faz parte da fachada de algumas lojas adjacentes da rua
Augusta, região central da capital paulista.
Agora, os participantes do Movimento 90º concentram esforços
para levar os jardins verticais aos principais prédios do centro de São Paulo.
Ao substituir por jardins verticais as paredes sem janelas nas edificações, a
expectativa é melhorar a qualidade de vida na metrópole. "Essas paredes
catalisam os problemas da cidade, refletem o barulho, esquentam. O jardim
vertical poderia habitar esses lugares", argumenta o diretor-executivo do
movimento.
Com informações do G1.
Fonte: CicloVivo