A geração de energia a partir de
fontes renováveis deve superar a produção de gás e ser o dobro da nuclear até
2016. Este é o cenário apresentado no relatório “Mercado da Energia Renovávelem Médio Prazo”, produzido anualmente pela Agência Internacional de Energia (AIE).
De acordo com o estudo, mesmo que
o contexto econômico mundial seja difícil, as energias renováveis devem
apresentar um crescimento de 40% nos próximos cinco anos. A expectativa é de
que até 2018 as fontes limpas sejam responsáveis por 25% de toda a produção
energética mundial.
“À medida que os custos continuam
a cair, as fontes de energia renováveis estão crescendo cada vez mais por
méritos próprios e contra a geração de combustíveis fósseis”, informou a
diretora-executiva da AIE, Maria van der Hoeven, durante a apresentação do
relatório em Nova Iorque, na última quarta-feira (26).
Maria ainda explicou que a
participação política é essencial para o crescimento do setor. “Muitas energias
renováveis já não necessitam de incentivos econômicos elevados. Mas, eles ainda
precisam de políticas de longo prazo que ofereçam um mercado previsível e
confiável e um quadro regulamentar compatível com os objetivos da sociedade.”
Ela ainda lembrou que os subsídios destinados aos combustíveis fósseis
permanecem seis vezes maiores que o montante destinado às energias limpas.
Existem dois principais
motivadores para uma expectativa de crescimento tão grande: o alto investimento
dos mercados emergentes, principalmente em grandes nações, como a China; e a
competitividade bem estabelecida de energia hidrelétrica, geotérmica e
bioenergia.
Os biocombustíveis também devem
ter papel importante na crescente da energia renovável. A previsão é de que ele
seja o responsável por abastecer 4% da demanda mundial de transporte rodoviário
em 2018. Mesmo que a taxa de crescimento seja mais lenta que o de outras
fontes, este é considerado um ganho bastante considerável. Nos próximos cinco
anos, o uso da biomassa também deve subir para 10% - em 2011 o percentual era
de 8%. Mesmo assim, a AIE considera esse um potencial pouco explorado.
Fonte: Ciclo Vivo