Nos dia seis e sete de junho, às 20h, a Praça Victor Civita
exibirá a Mostra Ecofalante de Cinema Ambiental. A programação faz parte da terceira edição da
Virada Sustentável, que acontece entre os dias seis e nove de junho em
diferentes locais de São Paulo.
Para as apresentações na Praça foram selecionados os longas
Deus Salve o Verde (God Save The Green, 2012), produção italiana dirigida por Michele
Mellara e Alessandro Rossi, e o filme canadense Rios Perdidos (Lost Rivers,
2012), de Caroline Bâcle.
A primeira produção retrata a realidade da maioria das
pessoas que deixa o campo e migra para os subúrbios das cidades em busca de
novas oportunidades. Nesse cenário, a evidente transformação antropológica, que
vem aumentando globalmente, retrata pastores e agricultores se adaptando à vida
urbana. Entre arranha-céus, subúrbios anônimos e favelas, renasce a necessidade
do homem trabalhar a terra. Sentimentos antagônicos ressurgem, desequilibrando
ritmos e deveres na vida urbana destes personagens. A narrativa flui por
caminhos que levam a possibilidades inovadoras e colocam em evidência: o último
jardim em uma das periferias mais movimentadas de Casablanca (Marrocos), o
cultivo hidropônico em Teresina (Brasil), hortas comunitárias em Berlim
(Alemanha), a produção de vegetais dentro de sacos em uma das favelas de
Nairobi (Quênia) e jardins suspensos em Turim e Bolonha (Itália).
O filme Rios Perdidos aborda o universo das cidades
industriais com rios que fluíam sem a intervenção do homem, mas, por conta da
evolução desenfreada da metrópole, viram suas margens ocupadas por casas e
edifícios. Dessa forma, esses recursos naturais, ao longo das últimas décadas,
acabaram escondidos, soterrados – ou pior, uniram-se às redes de esgoto,
tornando-se meios de transmissão de doenças. Diante desse lúgubre cenário, o
longa conduz o espectador a uma aventura no submundo urbano, pontuado por
esgotos, túneis e galerias. Assim, nesse universo literalmente underground, é
possível redescobrir a história desses rios perdidos ao mergulhar em mapas de
arquivos e ir ao subterrâneo com exploradores urbanos clandestinos.
Fonte: CicloVivo