Comprou um terreno e vai começar a
construir uma casa? Finalmente vai fazer a tão esperada reforma? Veja algumas
formas de tornar o seu projeto viável e sustentável, com menos impacto para o
meio ambiente e para o seu bolso.
1. Planeje. A decisão de construir ou
reformar exige conhecimento sobre o que você quer fazer, o que permite um
melhor controle do orçamento e a viabilização do projeto. O primeiro passo de
um bom planejamento é ir até a prefeitura de sua cidade buscar informações
sobre as regras exigidas. Essas normas estão previstas no Código de Obras e
Edificações do Município.
2. Fique atento à geração de resíduos.
Em geral, muita coisa vai para o lixo após reformas e construções. No primeiro
caso, tente reaproveitar e reciclar materiais. Hoje em dia, está muito em moda
“garimpar” madeiras, portas, janelas e outros materiais de demolição. Azulejos,
louças e armários antigos podem ser doados para que outras pessoas os
reaproveitem.
3. Ao construir, preserve as espécies
nativas existentes no terreno, já que elas garantem a estabilidade do solo e
refrescam o ambiente. A vegetação do entorno da edificação combina a
evapotranspiração das plantas com isolamento térmico. Outra coisa importante é
adaptar seu projeto à topografia natural do terreno, para evitar o impacto do
deslocamento de muita terra.
4. Considere as peculiaridades da
região onde você mora. Os materiais e as técnicas devem sempre ser utilizados
conforme o clima de cada região. Afinal, é a casa que deve estar de acordo com
o clima, não o contrário. Isso também minimiza o consumo de energia. Se for o
caso, utilize coberturas verdes, que proporciona melhor conforto térmico e
ajuda na retenção de águas pluviais.
5. A disposição dos ambientes em uma
residência pode criar condições prévias de conforto ou desconforto. Cabe ao
projeto arquitetônico assegurar o grau adequado de insolação e ventilação
natural para cada ambiente. Por isso, aproveite a luz natural nos ambientes e
otimize as condições de ventilação natural, garantindo a ventilação cruzada.
6. O aquecimento solar de água,
especialmente para o banho, consiste na instalação de placas sensíveis à luz do
sol nos telhados. O investimento pode ser recuperado com a economia na conta de
luz.
7. Se possível, instale sensores de
ocupação que desligam as luzes sempre que o cômodo estiver desocupado. Outras
boas soluções que ajudam a economizar são o dimmer, dispositivo que regula a
intensidade luminosa, e os sensores de presença nos ambientes.
8. Pinte os cômodos da casa com cores
claras. Cores escuras absorvem luz. E não custa lembrar: atente-se ao tipo de
tinta que você vai usar na sua casa. Muitas contêm Compostos Orgânicos Voláteis
(COVs) como benzeno, tolueno e xilenos, que têm grande potencial tóxico.
Prefira tintas à base de água. Veja neste post o que você deve saber sobre
substâncias tóxicas das tintas antes de comprá-las.
9. Para economizar água, troque a
descarga com válvulas por aquelas que acompanham caixas de 6 litros de água.
Outro recurso é a caixa de descarga com fluxo duplo (3 e 6 litros, a menor
quantidade de água é para a descarga do xixi). Cisternas para armazenagem de
água da chuva também são uma boa ideia. Você pode utilizar a água para regar
jardins, lavar a varanda…
10. Priorize o uso de madeira
certificada, o que garante que o produto foi extraído de forma correta e é
proveniente de florestas com manejo adequado.
11. Se possível, separe um espaço para
fazer compostagem de resíduos orgânicos. Hoje em dia, existem composteiras
domésticas disponíveis no mercado, adaptando-se, inclusive, a apartamentos –
veja aqui como fazer.
Imagem: Getty Images
Fonte:
Cartilha Construções e Reformas
Sustentáveis, do Ministério do Meio Ambien