Resolução da Aneel permite que brasileiros possam possam
gerar eletricidade solar e injetá-la na rede
Foto: Spotter2
Incentivar empresas e residências a viabilizarem
economicamente a produção de energia fotovoltaica em microgeradores de até 5 kW
de potência máxima. Este é o objetivo do Fundo Solar, projeto inédito no
Brasil, lançado no dia 13 de maio pelo Instituto Ideal, durante o seminário
Energia + Limpa, realizado na Universidade Federal de Santa Catarina.
Criado em parceria com o Grüner Strom Label (GSL - Selo de
Eletricidade Verde da Alemanha) e com o apoio da Cooperação Alemã para o
Desenvolvimento Sustentável, por meio da Deutsche Gesellschaft für
Internationale Zusammenarbeit (GIZ), o Fundo tem recursos iniciais de 25 mil
euros (cerca de 65 mil reais). Conforme Antje Fehr, gerente de projetos e de
clientes do GSL, que veio da Alemanha especialmente para o lançamento, esses
recursos foram repassados ao GSL por uma associação alemã que atua na área de
eficiência energética e que oferece produtos com o selo GSL.
Uma das exigências para ter o selo GSL é que para cada kWh
da energia certificada que for vendida na Alemanha, a empresa destine 0,01 euro
para ser investido em novos projetos de geração a partir de fontes renováveis
na própria Alemanha ou em outros países. Os recursos podem ser aplicados
segundo regras pré-estabelecidas ou podem ser transferidos para que o GSL
aplique diretamente em projetos que estejam dentro de seus critérios de
desempenho, como no caso do Fundo Solar.
O gestor do Fundo Solar no Instituto Ideal, Peter Krenz,
destacou a importância da Resolução 482/2012 da Aneel (Agência Nacional de
Energia Elétrica), um estímulo para que empresas ou residências possam gerar
eletricidade solar e injetar na rede. "Ainda falta conhecimento sobre o
assunto, que é novo no Brasil. Por isso, queremos fazer a nossa parte e
aumentar a viabilidade econômica, garantindo a boa qualidade do sistema
fotovoltaico", explicou.
Tarifa e irradiação
O valor a ser disponibilizado para cada instalação será
calculado considerando a localização do microgerador, uma vez que será
necessário saber a tarifa de energia elétrica e a irradiação solar. Segundo
Krenz, o fundo deve ser solicitado antes da instalação do sistema fotovoltaico
na edificação. O repasse do recurso financeiro será feito após o sistema estar
em operação, gerando energia e conectado à rede.
Para que as pessoas possam avaliar as possibilidades de
geração em sua casa ou negócio, o Ideal já disponibilizou outra ferramenta, o
Simulador Solar, lançado em março, que permite o cálculo da potência de um
sistema fotovoltaico para atender a necessidade energética anual de um imóvel.
Fonte: EcoDesenvolvimento