Pesquisadores da Finlândia
elaboraram um método de produção de fraldas que não agride o meio ambiente:
feitas a partir de papelão reciclado, elas são biodegradáveis e podem ter
preços mais competitivos do que as fabricadas com plástico. Além disso, a
matéria prima das fraldas sustentáveis também pode ser utilizada na confecção
de produtos de higiene e até na construção civil.
A solução foi desenvolvida no
Centro de Pesquisa Técnica VTT, na cidade de Espoo, na Finlândia. Para criar as
novas fraldas, os cientistas usaram um tecido falso, feito com as fibras da
celulose encontradas no papelão reciclado. Esta forma de aproveitar o papelão,
no entanto, não é novidade – em 2011, foram confeccionados na Europa cerca de
1,9 milhão de produtos derivados do tecido falso – o que explica a versatilidade
deste material reciclado.
Para extrair o tecido da celulose
do papelão, os finlandeses desenvolveram um método inédito, que agride bem
menos o meio ambiente do que os processos convencionais, utilizados
anteriormente. Com a nova tecnologia, os cientistas também criaram artigos com
uma espuma extraída do material reciclado, usando quantidades reduzidas de
água.
Além do ganho ambiental que
proporcionam, as novas fraldas biodegradáveis podem ter custos mais vantajosos
do que as versões convencionais. Até agora, foi comprovado que, os produtos à
base de papelão reciclado são 20% mais baratos do que os artigos produzidos com
madeira, por exemplo, que é diretamente extraída das florestas. “Estes custos
indicam que novas oportunidades de negócio devem surgir de forma bastante
rápida, já que a tecnologia para a fabricação de falsos tecidos a partir de
materiais reciclados já está em vigor”, declarou Ali Harlin, do VTT ao site de
notícias Phys.org.
A popularização das fraldas
sustentáveis é um passo importante para acabar não só com o desperdício de
papelão, mas, principalmente, com o uso das fraldas descartáveis, feitas de
matérias-primas não degradáveis, como o poliéster. Nem sempre fabricadas em
processos ecologicamente corretos, as fraldas convencionais podem levar mais de
500 anos para se decompor na natureza. Atualmente, o artigo usado por bebês e
idosos representa boa parte do lixo acumulado nos aterros sanitários ao redor
do mundo.
Fonte: Ciclo Vivo