Texto é mistura de avanços e retrocessos das políticas
públicas
Os moradores de São Paulo podem nem ter percebido, mas, em
alguns aspectos, a qualidade do ar melhorou um pouco. Mas bem pouco mesmo.
Nesta semana, a Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (CETESB) divulgou o
relatório sobre qualidade do ar na região metropolitana da maior cidade do país
em 2012 e alguns resultados são animadores. Outros, nem tanto.
Os índices de concentração de dióxido de enxofre (SO2),
monóxido de carbono (CO) e material particulado (MP10) continuam sua tendência
de lenta queda, com os dois primeiros apresentando os menores índices em anos,
mesmo com o aumento da frota automotiva. Já o MP10 manteve-se praticamente
estável em relação a 2011, com concentração média de 36 microgramas/m³.
Uma possível explicação para esse fato é o aumento das
chuvas durante o inverno do ano passado, fazendo com que 2012 tenha sido o ano
mais favorável à dispersão de poluentes desde 2003.
O tempo seco faz com que essa época do ano (inverno)
registre índices de poluição atmosférica altos, causando problemas
respiratórios principalmente em crianças e idosos.
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Por outro lado, a poluição por ozônio (O3) chegou ao seu
nível mais alto em 10 anos. Um reflexo disso foram os 98 dias de 2012 em que a
quantidade de O3 ficou acima do aceitável (150 partículas inaláveis). O recorde
anterior, de 2011, era de 96 dias, o que mostra uma tendência no aumento das
emissões. A quantidade de O3 só não ultrapassou os níveis estipulados pela CETESB
nos meses de maio e junho.
Além da cidade de São Paulo, Mauá e São Caetano do Sul foram
o municípios com as piores concentrações de ozônio, com 61 e 57 ultrapassagens,
respectivamente, durante 2012.
Pequenas contribuições
Lembre-se que você também pode contribuir para amenizar a
poluição do ar em São Paulo. Prefira sempre o transporte coletivo,
principalmente os movidos por energia limpa, como o metrô e o trem. Para
percorrer pequenas distâncias, a bicicleta é uma boa alternativa. Se for usar
carro, prefira o álcool combustível, e não se esqueça de estar sempre em dia
com a manutenção do mesmo. Um carro desregulado, além de piorar a qualidade do
ar, contribui ainda mais com o aquecimento global.
Fonte: eCycle