terça-feira, 23 de abril de 2013

Saiba quais itens não devem entrar em sua composteira doméstica



Deixando certos alimentos e materiais de fora, a qualidade do processo e do adubo melhoram significativamente

Ao jogarmos todo e qualquer tipo de alimento na lixeira da cozinha podemos ser responsáveis pela contaminação de lençóis freáticos, sem contar a emissão de poluentes. Como? Alimentos ao se decomporem nos aterros sanitários ou lixões derivam em chorume e gás metano (CH4). No caso do chorume, a substância é capaz de contaminar lençóis freáticos se os locais de descarte não possuírem infraestrutura adequada e, em se tratando do gás metano, por tratar-se um poderoso gás de efeito estufa, agravar os problemas associados às mudanças climáticas. Mas esta situação pode estar está mudando. Hoje em dia é possível reciclar as embalagens (no que se recomenda higienização prévia), reaproveitar sobras para fazer outras receitas e, finalmente, compostar o que for possível, transformando resíduos em adubo para plantas e reduzindo as emissões de metano.

Por ser duplamente funcional, a composteira doméstica está se tornando uma realidade. No entanto, é preciso ficar atento ao bom funcionamento da tecnologia. Em caso de deposição de certos alimentos e outros materiais, é possível que haja desequilíbrio químico no interior das caixas de compostagem, o que pode atrair pragas indesejadas, mau cheiro e prejuízo as plantas. Para isso não acontecer, basta deixar certos itens de fora da sua composteira. Como alternativa a atirá-los simplesmente em sacos de lixo, a trituração pode ser uma alternativa. Caso não seja possível use sacos de lixo biodegradáveis. Abaixo, listamos os principais tipos que devem ser evitados em sua composteira doméstica:

Laticínios - qualquer derivado de leite não entra. Além do mau cheiro da decomposição, pode atrair organismos indesejados;

Nozes pretas - as nozes contêm juglone, um composto orgânico que é tóxico para alguns tipos de plantas;

Derivados de trigo - inclui massa, bolo, pão e qualquer outro alimento assado. Esses itens têm decomposição lenta em comparação com os demais e, em demasia, ainda atraem pragas;

A maioria dos tipos de papel - revistas, jornais, papéis de impressão, envelopes e catálogos são todos tratados com químicos pesados, geralmente branqueadores (que contêm cloro) e tintas que não são biodegradáveis. A reciclagem é a solução;

 
Carne - restos de frango, peixe e carne bovina são muito danosos para a composteira. A decomposição é demorada, causa mau cheiro e atrai animais;

Arroz - depois de cozido, o arroz se torna um perfeito ninho para as bactérias;

Serragem de madeira tratada - a serragem é boa para a funcionamento da composteira porque ajuda a absorver a umidade. No entanto, se a serragem for oriunda de algum tipo de madeira envernizada ou quimicamente tratada, os componentes químicos irão prejudicar as minhocas;

Resíduos de animais de estimação - apesar de se parecerem com fertilizantes naturais, esse resíduos podem conter parasitas e vírus, que trazem riscos potenciais às minhocas e às plantas;

Carvão vegetal - possui grandes quantidades de enxofre e ferro, que fazem mal para as plantas;

Plantas doentes - confira no seu jardim se alguma planta está com fungos ou com alguma outra doença contagiosa. Caso isso se confirme, não a coloque em sua composteira porque essas doenças podem se transferir para as plantas saudáveis;

Alho e cebola - têm decomposição muito lenta e trazem mau cheiro. Acabam desacelerando todo o processo de compostagem;

Cascas de frutas cítricas - por conta da acidez das frutas cítricas, as cascas acabam sendo responsáveis por desequilibrar o PH da mistura da terra, prejudicando as minhocas. Se você não sabe o que fazer com elas, veja aqui como fazer lasquinhas de laranja e geleia da casca de abacaxi.

Fonte: eCycle

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