Uma empresa britânica criou um
novo tipo de plástico verde, mais sustentável que as versões alternativas já
existentes e com o mesmo preço dos modelos convencionais, originados do
petróleo. Totalmente biodegradável, o novo material é fabricado com uma
substância liberada pelas plantas e conta com a ajuda de uma enzima produzida no
sistema digestivo dos cupins.
O projeto de inovação da empresa
Biome Bioplastics foi premiado pelo Governo do Reino Unido, que concedeu um
financiamento de 458 mil dólares para a elaboração do novo plástico verde. De
acordo com a fabricante, o produto deverá chegar ao mercado com custos
reduzidos, ao contrário dos bioplásticos que existem hoje em dia, que podem
custar até quatro vezes mais que as versões derivadas de petróleo.
O processo de fabricação adotado
pelos britânicos é curioso: depois de extraída das plantas, a substância que dá
origem ao bioplástico é processada com lignina – composto utilizado na produção
de materiais substitutos ao petróleo. Um fato curioso é que a extração da
propriedade é obtida a partir de uma reação provocada por bactérias que habitam
o estômago dos cupins. Assim, os cientistas interrompem a atividade dos
microorganismos para extrair os compostos químicos resultantes.
Segundo especialistas, se
produzida e processada em larga escala, a enzima encontrada no sistema
digestivo dos cupins pode até substituir os produtos químicos à base de
petróleo, criando uma versão totalmente orgânica do plástico e de custo mais
acessívell, uma vez que dispensa o uso de componentes responsáveis por encarecer
os modelos de bioplásticos.
O plástico verde elaborado no
Reino Unido ainda não tem data para entrar no mercado, mas os criadores do novo
plástico pretendem viabilizar o material o mais breve possível.
Fonte: Ciclo Vivo