segunda-feira, 15 de abril de 2013

Alemanha inaugura primeiro prédio movido a algas




A implantação dos seres-vivos nas grelhas também proporciona um isolamento acústico, impedindo a entrada de ruídos / Fotos: Divulgação

A tendência da construção sustentável é tornar os edifícios cada vez mais "verdes" e agora também "vivos". Para isso os arquitetos apostam nas algas. Em Hamburgo, na Alemanha, já está de pé o primeiro edifício do mundo movido a algas, o que o torna capaz de gerar biomassa como fonte de energia renovável.

O projeto chamado de "BIQ House" é uma colaboração entre a Spitterwerk Architects, Strategic Science Consult of Germany, a multinacional Arup e Colt International, que são os responsáveis pela concepção das grelhas bio-reativas que comportam as algas.

Como funciona? 

As grelhas foram instaladas na fachada do prédio permitindo que as algas sobrevivam e cresçam mais rapidamente do que o normal. Esse sistema é capaz de absorver CO2 e, por meio da fotossíntese, gerar uma biomassa. A coleta desta biomassa é feita com permutadores de calor e armazenada geotermicamente numa instalação de biogás de metano próxima ao local. O material é, em seguida, novamente colocado no edifício e usado para aquecer o reservatório de água.

Segundo a Arup, dentro de cada metro quadrado de fachada é possível extrair cerca de 15 gramas de biomassa por dia, o que pode produzir cerca de 4.500 kWh por ano de energia elétrica, o equivalente ao consumo médio de uma família de quatro pessoas.


A implantação dos seres-vivos nas grelhas também proporciona um isolamento acústico, impedindo a entrada de ruídos, assim como um sombreamento que pode manter uma temperatura baixa do edifício de uma forma natural, sem a necessidade de sistemas de ar condicionado. Durante o inverno, no entanto, o calor produzido pelas algas expostas à luz solar é utilizado para aquecer o edifício e produzir eletricidade.

Em entrevista ao site Daily Mail, Simon O'Hea, diretor da Internacional Colt, afirmou que a equipe já consegue produzir a solução que usa algas vivas para fornecer energia renovável em escala comercial.

De acordo com os idealizadores, o edifício é um começo para as construções futuras. Ele mostra que as fachadas dos edifícios do futuro terão um papel ativo que vai além de um simples revestimento ou função de proteger contra a chuva e vento. Elas serão capazes de alimentar e torna os edifícios auto-suficientes.

Fonte: Ecodesenvolvimento.com


Comentários
0 Comentários

Nenhum comentário:

Postar um comentário