Após o acidente nuclear de
Fukushima, muitos países decidiram repensar suas matrizes energéticas. A
Alemanha está entre os que anunciaram o fechamento de suas usinas nucleares. Em
troca disso, a nação alcançou crescimento de 23% em energia renovável.
Os alemães anunciaram em 2011 o
compromisso em fechar as 22 usinas nucleares em atividade no país. Desde então,
o trabalho tem sido feito gradualmente. Até o momento, oito usinas já foram
desativadas e a previsão é de que até 2022 todas estejam fora de uso.
Para suprir a demanda, o país
passou a optar por alternativas sustentáveis. A energia gerada através de
fontes consideradas limpas ajudou a Alemanha a manter seus padrões de produção
e ainda rendeu lucros de 1,4 bilhão de euros aos cofres do país.
Um dos exemplos da estratégia bem
sucedida é o investimento em energia solar. Nos últimos dois anos o país
recebeu 1,3 milhão de sistemas fotovoltaicos, que geraram energia para
abastecer oito milhões de casas em 2012.
A relação entre energia exportada
e importada também teve saldo positivo, com os melhores índices desde 2008.
Conforme informações de agências locais, foram exportados 66,6 TWh
(terawatts/hora), enquanto as importações não chegaram a 44 TWh.
Mesmo que o país tenha alcançado
níveis extraordinários, a energia na Alemanha ainda é bastante poluente devido
à dependência do carvão para a produção de eletricidade. Além disso, as
mudanças no sistema geraram aumento de 47% nos custos pela energia encaminhados
diretamente ao consumidor final.
Fonte: Ciclo Vivo