Além de reduzir as emissões de CO2, também serão diminuídos
os custos de energia em 29%. | Foto: Stefan/Flickr
Cientistas cubanos e suíços desenvolveram um novo tipo
ecológico de cimento. A substância é feito com calcário não queimado, o que
reduz em até 32% as emissões de gases de efeito estufa.
A informação foi noticiada, na última terça-feira (26), pelo
jornal local de Cuba, o Granma. Segundo a publicação, o país já começará a
produzir o cimento ecológico a partir de abril, porém não detalhou as metas de
produção.
Através da técnica desenvolvida o "país estará em
condições de produzir cimento industrial com baixo conteúdo de clínquer",
afirmou o jornal. A substância é um produto granulado obtido com a queima do
calcário e da argila usados para fabricar cimento, mas os cientistas
conseguiram um método novo.
O jornal Granma explica que o processo "se baseia na
substituição de até 60% do clínquer utilizado nos processos atuais por uma
mistura do material conhecido como metacaulim e pedra calcária, esta última sem
queimar, o que evitaria a emissão de toneladas de carbono na atmosfera".
A técnica será aplicada na fábrica de cimento Siguaney, da
província de Sancti Spíritus (região central da ilha caribenha) e depois na
Índia. Além de reduzir as emissões de CO2, também serão diminuídos os custos de
energia em 29%.
O processo é resultado da pesquisa de cientistas da
Universidade Politécnica de Lausanne, na Suíça, e do Centro de Pesquisas e
Desenvolvimento de Estruturas e Materiais (CIDEM) da Universidade Central Marta
Abreu de Las Villas, em Cuba.
"O cimento ecológico é de grande utilidade em
aplicações que não levem reforço, quer dizer, na produção de blocos de concreto
armado, telhas e em geral em todos os trabalhos de acabamento" e também é
"muito útil à indústria petroleira por suas propriedades
refratárias", explicou o cientista cubano José Fernando Martirena, que é
diretor do CIDEM.
Com informações da Revista IstoÉ Dinheiro.
Fonte: CicloVivo