Apesar do respeito alcançado, a mulher ainda representa uma
minoria em muitas áreas no mercado de trabalho. Esse é o caso da área de
inovações tecnológicas. Por isso, separamos algumas invenções interessantes desenvolvidas por mulheres, que também
levam em consideração o conceito da sustentabilidade.
Gerador de energia movido a urina
Quatro garotas nigerianas desenvolveram um dispositivo que
proporciona seis horas de uso de energia elétrica a cada litro de urina
dispensado na máquina. O aparelho utiliza apenas um filtro de água, um botijão
de gás e o dispositivo gerador, feito a partir de células eletrolíticas.
O processo de produz energia através da eletrólise da ureia,
realizada no processo de filtragem da urina: depois de passar por uma célula
eletrolítica, o líquido excretado é divido em moléculas de nitrogênio,
hidrogênio e água. Quando esta etapa acaba, os elementos são filtrados
novamente e absorvidos por um cilindro instalado no dispositivo, que empurra o
hidrogênio para o interior de outro cilindro com líquido. Assim, a umidade é
retirada e o composto gera eletricidade.
A tecnologia ecológica e barata foi confeccionada pelas
estudantes Duro-Aina Adebola (14), Akindele Abiola (14), Faleke Oluwatoyin (14)
e Bello Eniola (15) para um trabalho escolar.
Quatro garotas nigerianas desenvolveram um dispositivo que
proporciona seis horas de uso de energia elétrica a cada litro de urina
dispensado na máquina. | Foto: Flickr/Whiteafrican
Bola que produz energia
Duas alunas da Universidade Harvard, nos EUA, criaram a
sOccket, uma bola de futebol que aproveita a energia cinética gerada enquanto
rola em uma partida.
A bola possui um mecanismo interno acoplado, que funciona
como um motor. O aparelho gira, produz e captura a energia cinética. Em apenas
meia hora de jogo, a bola já acumula energia suficiente para manter uma lâmpada
de LED acesa por três horas ou carregar a bateria de um celular.
A bola foi desenvolvida pelas amigas norte-americanas
Jessica Matthews e Julia Silverman, quando ainda eram estudantes, e foi apresentada
no Rio de Janeiro durante o TEDx Rio+20, que ocorreu em 2012.
A sOccket é uma bola de futebol que aproveita a energia
cinética gerada enquanto rola em uma partida.| Foto: Inhabitat
Roupas que aproveitam energia do sol
Uma estudante de vestuário da Universidade Cornell, em Nova
York, utilizou fios de algodão condutores para criar uma coleção de roupas
capaz de produzir energia a partir do sol.
Com painéis solares ultrafinos para guarnição e um
carregador USB localizado na cintura, a roupa capta os raios solares para
carregar celulares, iPods e outros dispositivos portáteis. Essa é a invenção da
norte-americana Abbey Rachel Liebman.
O protótipo resultou em um tecido que transmite corrente
como um fio de metal. Devido a isso, a estudante afirma que a tecnologia pode
ser incorporada em camisetas para medir a frequência cardíaca ou analisar suor,
costuradas em travesseiros para monitorar os sinais do cérebro ou aplicadas
para criar têxteis interativos com aquecimento e capacidade de refrigeração.
A roupa capta os raios solares para carregar celulares,
iPods e outros dispositivos portáteis. | Foto: Divulgação
Máquina que decompõe resíduos orgânicos em 24h
Uma ferramenta que permite a decomposição e compostagem dos
resíduos dentro de 24 horas, transformando-os em um líquido rico em nutrientes
ou adubo, foi a aposta comercial de uma ex-profissional de marketing
Renee Mison conheceu a máquina coreana “waste-to-water” (de
resíduo a água) em estágio de desenvolvimento e comprou seus direitos. Apostou
na ideia ao investir mais de 380 mil dólares em pesquisa e desenvolvimento para
transformar o decompositor em uma ferramenta perfeita de gestão da água e
resíduos.
O produto pode ser usado como fertilizante para jardins,
enquanto a água é limpa suficiente para ser usada na lavagem de pisos ou rega
de plantas, por exemplo. O dispositivo pode produzir 267 litros de água a
partir de uma tonelada de resíduos de alimentos.
A ferramenta permite a decomposição e compostagem dos
resíduos transformando-os em um líquido rico em nutrientes ou adubo. | Imagem:
JBloom/Flickr
Louças que absorvem energia solar
Uma coleção de louças capazes de produzir energia
fotovoltaica foi criada para alcançar níveis altos de eficiência para o
aproveitamento da luminosidade interna de uma residência.
Essa é a invenção da designer holandesa Marjan Van Aubel. A
tecnologia aplicada consiste em usar uma camada de célula fotovoltaica com um
corante sintetizante em cada um dos objetos de vidro. O processo é baseado na
fotossíntese das plantas, em que o verde da clorofila ajuda a captação de
energia.
Dessa forma, um copo é capaz de produzir energia e depois
transmitir esse potencial armazenado a um gabinete coletor, que o transforma em
eletricidade e permite usos diversos. O gabinete não é apenas um suporte de
louças, ele é também uma bateria, passível de se transformar em um carregador,
por exemplo.
O vidro utiliza a luz solar como fonte de energia, mas
também pode funcionar sob a luz difusa. A eficiência do material varia de
acordo com as cores que forem empregadas.
Um copo é capaz de produzir energia e depois transmitir esse potencial armazenado a um gabinete coletor. | Foto: Divulgação
Cinto transforma gordura do corpo em energia
A designer holandesa Emmy van Roosmalen criou uma tecnologia
capaz de acabar com a dor de cabeça causada pela gordurinha extra.
Muitas mulheres reclamam dos quilos a mais, porém com a
ideia da designer holandesa Emmy van Roosmalen a gordurinha extra tem a
utilidade de gerar energia.
Chamado de “Cinturão de Energia”, o protótipo surge como
mais uma alternativa à produção de energia limpa. O funcionamento consiste
basicamente em utilizar protocélulas artificiais para produzir energia a partir
da conversão da gordura natural em Adenosina-5’-trifosfato (ATP). A energia
produzida é capaz de recarregar gadgets e celulares.
Fonte: CicloVivo