Cientistas norte-americanos
publicaram um estudo em que foram analisadas as consequências do aquecimento
dos centros urbanos nas cidades vizinhas. A conclusão é de que o calor gerado
nas grandes cidades pode se espalhar por um raio de até mil quilômetros.
O estudo foi publicado na revista
científica Nature Climate Change e contou com a participação de cientistas da
Universidade da Flórida e de centros norte-americanos especializados em
oceanografia e pesquisa atmosférica. Os dados utilizados como base nas
comparações foram fornecidos pela ONU.
Os pesquisadores provaram que não
é necessário viver em um centro urbano para sofrer com as consequências geradas
por eles. O fenômeno acontece da seguinte forma: o calor gerado por prédios e
veículos é absorvido pelas ruas pavimentadas. Assim, ao invés de ser absorvido
naturalmente, o calor de concentra na atmosfera acima da cidade e depois se
espalha.
Entre os locais analisados pelos
cientistas, algumas regiões interioranas apresentaram aquecimento superior a um
grau Celsius, devido a este fenômeno. Se por um lado algumas cidades tiveram as
temperaturas elevadas, o fenômeno aconteceu de maneira distinta em outros
pontos, como partes da Europa, que marcaram quedas nos termômetros.
Este cenário desenhado pelos
pesquisadores apresenta justificativas para as mudanças sentidas nas estações
do ano, em que algumas localidades apresentaram invernos mais quentes ou verões
frios. A análise das áreas urbanas e seus efeitos nas regiões próximas devem
ser considerados em pesquisas sobre o aquecimento global.
Fonte: Ciclo Vivo