terça-feira, 29 de janeiro de 2013

Empresa mineira tem 80% de energia solar e vende excedente para concessionária



Defensor da sustentabilidade, o analista de sistemas e advogado Vítor Arantes Moura incentivou o pai, Gilberto Santos de Moura, a implantar um sistema de energia fotovoltaica na PGM Sistemas, empresa especializada em softwares situada em Uberlândia, Minas Gerais.

As obras para a instalação do sistema duraram nove meses (de janeiro a outubro/2012) e foram investidos R$ 90 mil. As 28 placas são norte-americanas e têm durabilidade de 25 anos. O inversor é norueguês. O retorno do investimento se dará em nove anos, calcula Vítor.

Instaladas no telhado do prédio de três andares, as placas captadoras de energia solar abastecem 80% das necessidades energéticas da empresa.
O empreendimento uberlandense é considerado pioneiro na implantação de sistema de energia fotovoltaica no setor de Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC) do país e, também, por estar ligado à rede de transmissão da companhia de energia elétrica local (Cemig).

Utilizar energia solar é uma das práticas sustentáveis mais recomendadas por estudiosos e especialistas em sustentabilidade, pois se trata de fonte limpa e renovável.

Visibilidade

A implantação do sistema de energia solar levou a PGM Sistemas a se inscrever no Prêmio Sebrae MG de Práticas Sustentáveis, em 2012. A empresa disputou com dezenas de empreendimentos mineiros e foi um dos seis destaques finais da premiação.

O prêmio gerou ganho de imagem e credibilidade para a PGM, diz o empresário. “Obtivemos muita divulgação e nos tornamos referência para outras empresas. Esse é nosso objetivo: ser referência em sustentabilidade para o mercado”, salientou Vítor à Agência Sebrae. Receber visitas interessadas em conhecer o sistema de energia fotovoltaica entrou na rotina do empreendimento.

Eficiência energética

“Usamos 80% de energia solar e 20% de energia elétrica. Nos finais de semana, quando nosso consumo é zero, cada kilowatt gerado é vendido à Cemig. Somos uma minigeradora de energia”, definiu Vítor. A opção por não armazenar o excedente em baterias se deve a preocupação com os possíveis impactos ambientais, esclarece o empresário.

Apesar da tecnologia solar a empresa não descuida da eficiência energética. “Não é porque a energia vem do sol, que se pode gastar e desperdiçar à vontade”, enfatizou Vítor. Há recados como “apague a luz ao sair da sala”, espalhados por todo o prédio.

Outras atitudes sustentáveis são praticadas pela PGM Sistemas, tais como doação de computadores usados para escolas e creches, coleta seletiva de resíduos e cursos para comunidades vulneráveis. “Sustentabilidade ainda não atrai novos negócios, mas com o tempo e a conscientização do mercado passará a ser realmente um grande diferencial”, prevê o empresário.

Fonte: Ecodesenvolvimento


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