quinta-feira, 3 de janeiro de 2013

Detentos de SP e RJ trabalham em projetos de reflorestamento em troca de redução penal



Os dois estados brasileiros têm investido em programas penitenciários que mesclam a recomposição ambiental com a capacitação de detentos. De acordo com informações das secretarias de Administração Penitenciária, 500 presos de 15 unidades prisionais já são beneficiados.

Além do retorno ambiental proporcionado pela atividade, o projeto reflete em ganhos financeiros para as empresas envolvidas, já que os custos do sistema são menores, e agrega de maneira impactante o pilar social. Os detentos são capacitados tecnicamente em áreas como restauro florestal, viveirismo, horticultura e paisagismo. Assim, quando entram em liberdade possuem qualificações para retornarem ao mercado de trabalho.

Em São Paulo os trabalhos estão concentrados em duas cidades: Tremembé, com duas penitenciárias, e Bauru, onde está o antigo Instituto Penal Agrícola. O trabalho paulista conta com o apoio da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq-USP), a Florestas Inteligentes e a Fundação de Amparo ao Preso (Funap).

Por conta desta parceria, os detentos trabalham em todas as etapas de produção das mudas, desde a seleção das sementes até o momento em que elas viram plântulas. Em declaração ao Globo Natureza, Paulo Franzine, diretor da Florestas Inteligentes, explicou que os “reenducandos” também atuam na produção de vasos biodegradáveis e na manutenção das mudas no campo produtivo. Somente na unidade do Tremembé são produzidas 150 mil mudas.

No Rio de Janeiro o sistema é bastante semelhante e funciona a partir de uma parceria com a Companhia Estadual de Águas e Esgotos (Cedae). São 150 detentos beneficiados, divididos em mais de dez unidades penais. Há cinco anos eles trabalham na recomposição da mata ciliar dos rios Gandu e Macacu.

Para o primeiro semestre de 2013 está prevista a inauguração de uma unidade com capacidade para a produção de 1,1 milhão de mudas, que também deve aumentar o alcance de beneficiados pelo projeto. Segundo o dirigente da Cedae, Wagner Victer, “Eles [os presos] aprendem uma nova profissão e se ressocializam. Em geral não voltam a infringir a lei”.

Em ambos os programas, os presos contam com o recebimento de um salário por conta do trabalho e também a redução da pena, que tem um dia diminuído a cada três trabalhados. 

Com informações do Globo Natureza.

Fonte: CicloVivo
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