Gigante da internet investe em energia renovável, usa cabras
no lugar de cortador de grama, libera bermuda para quem trabalha nos servidores
e ainda cultiva abelhas.
Ao acessar diariamente sua conta no Gmail, uma pessoa emite,
em média, 1,2 kg de CO2 por ano. Imagine, agora, o impacto ambiental gerado
pelas atividades da maior empresa mundial da internet. Preocupado com o seu
“karma” ecológico, o Google está em empenhado em desenvolver o seu lado verde.
Prova disso, são as ações ambientais que vem empreendendo nos últimos anos –
uma mais curiosa que a outra. Confira.
1 - Pegada de carbono
Em setembro de 2010, o Google revelou pela primeira vez sua
parcela de impacto ambiental no planeta. Entenda-se por isso as emissões de
carbono advindas das operações da empresa e do consumo de energia ao longo de
um ano, ou seja, a sua pegada de carbono. Segundo o relatório de
sustentabilidade da empresa, o Google emite, anualmente, 1,5 milhão de
toneladas de CO2, algo equivalente às emissões de um pequeno país como Laos, no
sudeste asiático, ou sete vezes menos o que emite uma cidade como São Paulo.
2 - Data centers eficientes
Os servidores estão no coração de quase tudo que o Google
faz. Por isso, executá-los com eficiência é uma das maiores oportunidades para
reduzir o impacto ambiental. E a empresa faz por onde: seus centros de dados
consomem 50% menos energia que a média da indústria. Para se ter uma ideia, o
total de eletricidade usada pelos sistemas da companhia em 2010 representou
apenas 1% dos 198,8 bilhões de kWh usados por todos os centros de dados do
mundo no mesmo ano.
3 - Bermuda liberada
Mas só para quem trabalha nos centros de processamento de
dados, que, diz o Google, se assemelham a uma selva, devido ao ar quente. O uso
de ar-condicionado nessas instalações é mínimo, o que garante um consumo
econômico de energia.
4 - Investimento em energia limpa
Acreditando no potencial das tecnologias verdes, o Google já
investiu mais de 780 milhões de dólares no setor de energia limpa, ajudando a
tirar do papel projetos inovadores, ou mesmo dando o empurrãozinho que faltava.
Em setembro passado, a empresa anunciou financiamento de 75 milhõies de dólares
para instalação de paineis fotovoltaicos em centenas de residências americanas.
Edifícios mais verdes também são uma preocupação. O complexo
de Mountain View, na Calfórnia, é 30% abastecido pela energia gerada por
paineis solares.
5 - Alimentação
Os funcionários do Google se esforçam para consumir
alimentos locais, seguindo a premissa ecológica de que quanto menor a distância
entre onde o alimento é cultivado e onde é consumido, menor serão as emissões.
O Googleplex, com é chamado o complexo em Mountain View, na
Califórnia, possui até hortas para abastecimento próprio. Legumes, vegetais e
outros alimentos que não são usados pelos 23 restaurantes da empresa seguem
para doação ou são transformados em adubo.
6 - Saem os cortadores, entram as cabras
Em outra inciativa verde inusitada, o Google substituiu
todos os cortadores de grama por 200 caprinos, que semanalmente aparam a
vegetação no complexo.
A “contratação” dos animais foi justificada pela empresa,
que afirmou em comunicado que os antigos cortadores eram barulhentos, usavam
gasolina e poluíam o ar.
7 - Ferramentas “ativistas”
Ferramentas como o Google Earth e o Maps têm sido utilizadas
por ONGS ativistas de causas ecológicas. No rescaldo do maior desastre
ambiental da história dos EUA, o vazamento de petróleo no Golfo do México,
grupos ambientalistas de todo o país liderados pelo Defenders of Wildlife
lançaram mão da ferramenta para mostrar a direção da mancha negra e seus
efeitos sobre o ecossistema.
No Brasil, por exemplo, a tribo indígena Surui usa o Google
Earth para monitorar a extração ilegal de madeira em suas reservas.
8 - Criação de abelhas
Por mais inesperado que possa parecer, a maior empresa de
internet do mundo curte apicultura. O Google possui quatro criadores de abelha
no campus da Califórnia e são os próprios funcionários que ajudam na atividade.
Cada cuidador voluntário pode levar para casa um potinho de
mel por colheita; o restante é usado nos cafés da empresa.
9 - Transporte elétrico
O Google também aposta no transporte verde para reduzir sua
pegada ecológica. Diversos escritórios da empresa nos EUA dispõem de um
programa especial de compartilhamento de
veículos totalmente elétricos, além de pontos de recargara. Outra opção
são ônibus movidos à biodiesel. A iniciativa ajuda a evitar emissões anuais de
5, 4 mil toneladas de CO2, o que equivale à retirada de 2 mil veículos a
gasolina das ruas.
Fonte: Exame