Com objetivo de melhorar a qualidade do ar da capital
fluminense, que em 2016 sediará os Jogos Olímpicos, a Secretaria Estadual do
Ambiente anunciou ontem (13) um investimento de R$ 28 milhões para a
implantação de mais 16 estações de monitoramento da qualidade do ar da cidade.
Ao participar da inauguração da estação instalada na Lagoa Rodrigo de Freitas,
na zona sul da cidade, o secretário Carlos Minc disse que a unidade faz parte
do compromisso olímpico de melhorar a qualidade do ar na lagoa, onde ocorrerão
competições aquáticas, como as provas de remo.
"Nós vamos monitorar vários parâmetros da qualidade do
ar, inclusive o ozônio, que, por incrível que pareça, afeta no desempenho dos
atletas olímpicos nas provas esportivas. Um pequeno aumento de ozônio pode
impedir que um recorde seja batido, em uma maratona, em uma corrida ou em prova
de natação", disse.
O secretário ressaltou que, caso seja constatado um alto
nível de poluição no decorrer das Olimpíadas, o novo sistema permitirá à
Secretaria do Ambiente fazer algumas mudanças nos arredores dos locais das
competições como, a retirada de ônibus, fechamento de postos de gasolina e
alterações nos horários de funcionamento de fábricas.
Minc também informou que, com as novas estações, o Rio de
Janeiro passará a ter uma rede com 21 unidades de monitoramento do ar. Segundo
ele, cidades como São Gonçalo, Belford Roxo, Nova Iguaçu e São João de Meriti,
na região metropolitana, também serão contempladas. "Agora, com as 21
estações mais modernas que nós vamos ter, teremos também instrumentos para
adotar medidas ainda mais rigorosas para melhorar a qualidade do ar que a gente
respira e, portanto, melhorando a saúde dos nossos pulmões", declarou.
A exemplo do governo do estado, a prefeitura carioca, por
meio do Programa Monitorar Rio, mantém oito estações automáticas, uma delas
móvel, de monitoramento da qualidade do ar da cidade. Elas funcionam durante 24
horas e fornecem boletins diários. Segundo o gerente de monitoramento do ar da
prefeitura, Marcos Borges, o bairro de Irajá, na zona norte, é a região mais
preocupante.
"Irajá fica no centro de uma região densamente ocupada
e que recebe influências até de outros municípios. Ali, o poluente permanente é
o ozônio. É um poluente secundário e originário de reações sobre a ação da luz
solar. Então, em dias que têm uma alta incidência de radiação solar e após uma
sequência de dias sem chuvas, a gente tem níveis de ozônio um pouco mais alto
na cidade", disse.
Fonte: Planeta Sustentável