Floresceu hoje, 14/12, no Jardim Botânico de Inhotim, em
Brumadinho, Minas Gerais, um exemplar da maior e mais mal cheirosa flor do
mundo: a famosa flor-cadáver. Esta é a segunda vez que essa flor desabrocha em
Inhotim, e na América Latina. A primeira foi em 2010 e o fato surpreendeu os
pesquisadores do Instituto, uma vez que a planta floresce apenas uma vez a cada
dez anos.
Assim que começou a se abrir, a equipe do jardim de Inhotim
correu para fazer o registro que mostramos acima. A flor está dentro da estufa
equatorial do Instituto – em condições de temperatura e umidade controladas que
permitem o cultivo de espécies tropicais – e deve se abrir por inteiro até o
final do dia. Com odor característico de carne podre – mais precisamente de
açúcar queimado com peixe podre – a Amorphophallus titanum geralmente atrai
milhões de curiosos a jardins botânicos pelo mundo. Em Inhotim, como sua
florescência deve ter pouca duração (em 2010, foram apenas três dias), os
interessados devem correr para conhecê-la ao vivo.
De acordo com a com Letícia Aguiar, gerente de Jardim
Botânico e Meio Ambiente, o exemplar de Inhotim mede 70 centímetros de altura,
e sua túbera – a imensa “batata” que fica sobre a terra – pesa 25 kg, mas
geralmente a flor-cadáver pode chegar a três metros e pesar entre 18 e 20 kg
quando está propenso a florir.
Apesar de ser conhecida como a “maior flor do mundo”, a
espécie é na verdade uma inflorescência, ou seja, um conjunto de flores em uma
estrutura compacta. Como uma batata, a planta possui um caule gigante
subterrâneo, e produz a cada dois anos apenas uma folha, que pode atingir até 2
metros de altura e 7 metros de diâmetro.
Ao contrário dos polinizadores que conhecemos, como abelhas
e borboletas, a flor-cadáver é polinizada por besouros e, ocasionalmente, por
moscas, que são atraídos por seu odor fétido. A natureza é realmente sábia.
Fonte: Planeta
Sustentável