O arquiteto norte-americano conhecido como “Jeffrey, o
construtor natural” projetou uma pequena casa feita com materiais reciclados e
edificada em meio à floresta de Cottage Grove, no estado no Oregon, EUA. A
moradia foi idealizada para ter impacto ambiental mínimo.
“Meu objetivo era fazer uma cabine bem construída e barata,
usando o máximo de material reaproveitado quanto fosse possível”, explica
Jeffrey, em seu blog. Além da preocupação com os materiais usados, o construtor
explica que o projeto também pretende modificar os padrões atuais de consumo,
em que as casas são muito grandes e as pessoas descartam utensílios, antes
mesmo de tentar consertá-los.
A casa foi construída com o espaço suficiente para abrigar
apenas o essencial: cama, mesa e um pequeno fogão a lenha, que auxilia no
controle da temperatura local durante o inverno. O formato escolhido pelo
arquiteto foi o geodésico, sem cantos, para que o morador se sentisse
aconchegado dentro da estrutura.
A base da construção foi feita com madeira recuperada,
encontrada em um cais, e blocos de concreto também reaproveitados. A cúpula
superior é composta por madeiras de pallets, fixadas com tubos de PVC. Mesmo
assim, Jeffrey achou importante fazer um telhado para melhorar a
impermeabilização do local, utilizando restos de cedro.
O isolamento é feito com lã de ovelha, um material barato e
abundante na região. Jeffrey conta que conseguiu todo o montante que precisava,
trocando um dia de trabalho em uma fazenda local por seis sacos de lã.
Os acabamentos da “cabana” foram feitos a partir de uma
mistura entre a argila coletada localmente, areia e palha, que havia sobrado de
um projeto realizado no campus da Universidade de Aprovecho. Externamente a
casa ficou com uma aparência bastante rústica. Por dentro, o arquiteto tomou
muito cuidado com a recuperação dos materiais, para que o ambiente se tornasse
bastante agradável.
A construção total levou aproximadamente dois meses e os
gastos básicos foram com a compra de parafusos, pregos, areia e outros pequenos
materiais, que somaram US$ 200. O restante, o arquiteto retirou de aterros e
entulhos de construção.
Fonte: Ciclo Vivo