A Embrapa deve colocar no mercado
nos próximos cinco anos um tipo de alface transgênica com alta concentração de
ácido fólico. Segundo o pesquisador Francisco Aragão, coordenador do projeto,
alface já produz a vitamina, mas em pequenas quantidades.
A proposta do estudo, que começou
em 2006, é aumentar a produção das moléculas que dão origem ao ácido fólico por
meio de genes de Arabidopsis thaliana, uma “planta-modelo” utilizada na
biotecnologia vegetal. “Os estudos foram realizados de duas maneiras: no
primeiro caso, o gene foi inserido no genoma nuclear da planta e no segundo, no
cloroplasto (parte da planta responsável pela fotossíntese). A primeira
vertente resultou em linhagens de plantas com até 15 vezes mais ácido fólico e
a segunda, com duas vezes mais. Aragão pretende iniciar o cruzamento entre as
duas variedades para tentar alcançar índices ainda maiores da vitamina nas
plantas”, explica o site da Embrapa.
O argumento principal para o
desenvolvimento da alface transgênica é que a ausência de ácido fólico no
organismo pode causar problemas que vão de depressão a complicações na
gravidez. Para complementar a alimentação, há quase uma década a Agência
Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) determina que o ácido fólico seja
acrescentado à farinha industrializada.
A dose diária de ácido fólico
recomendada para um adulto a partir de 15 anos é de 0.4 mg. A ingestão de duas
folhas das alfaces geneticamente modificadas representa 70% da necessidade diária.
Fonte: Superinteressante