A economia do novo sistema é de 31% | Foto: Alex France/SXC
Uma técnica para reduzir o consumo de energia elétrica do
chuveiro foi desenvolvida por pesquisadores da Universidade Federal de Juiz de
Fora, Minas Gerais. A ideia é aquecer o ambiente do banheiro, ao contrário dos
projetos atuais que aquecem somente a água. Além de economizar, a solução
proporciona mais conforto ao consumidor.
Os pesquisadores acreditam que com o ar aquecido, a
temperatura da água não precisa ser tão quente. Desta forma, a pessoa que
estiver tomando banho poderá deixar a chave do chuveiro em uma posição que
exija menos potência e, consequentemente, consumirá menos energia.
Segundo os estudos realizados, aquecer o ar não requer mais
energia do que a economizada pelo chuveiro. Pelo contrário, com o método proposto
o balanço é positivo, com um ganho superior a 30%.
Para que a tecnologia funcione é necessário que o box do
banheiro fique completamente fechado. O ar quente não pode escapar do seu
interior. O banho econômico deve ser realizado em três etapas.
Antes de abrir o chuveiro, o usuário deve entrar no box,
fechar a porta e ligar o aquecedor de ar. O aparelho então precisa ser ajustado
para uma temperatura agradável. Na etapa seguinte, o usuário abre a água e,
mais uma vez, ajusta sua temperatura. Após o banho, o chuveiro será desligado e
a pessoa não sentirá o impacto da baixa temperatura como acontece normalmente.
Só depois de se enxugar e se vestir, o consumidor desliga o aquecedor.
"Em uma residência pequena com quatro moradores, o
chuveiro elétrico pode responder por até 45% do consumo de energia elétrica
durante os meses mais frios e por cerca de 30% no período mais quente do ano,
quando a potência do chuveiro pode ser reduzida", explica o professor
Marco Aurélio da Cunha Alves, idealizador do projeto.
Com base em um banho de 10 minutos, tempo médio estimado
pela pesquisa Procel da Eletrobras, o professor calculou que a economia do novo
sistema é de 31%. Os dados foram baseados na potência máxima de um chuveiro
elétrico popular, que é de 4.500 W, na posição "inverno". Ele também
levou em consideração a energia gasta para aquecer o ar do ambiente.
Além dos benefícios ambientais, a medida ainda ajuda a
reduzir o valor da conta de energia elétrica. O pedido de patente da tecnologia
já foi solicitado e o pesquisador está em contato com os setores da indústria
para comercializar sua tecnologia.
Com informações da Revista InovaçãoTecnológica.
Fonte: CicloVivo