segunda-feira, 6 de agosto de 2012

Oito motivos para as mulheres salvarem o mundo



Um mundo sustentável só será possível com a participação das mulheres e dos valores femininos, conforme teses do ecofeminismo e de grandes pensadores da Ecologia Profunda, como Fritjof Capra. Saiba por que precisamos mais do que nunca das mulheres.

1. Grande ocular
É fato que as mulheres dão conta de várias tarefas ao mesmo tempo, enquanto os homens se concentram, mais profundamente, em uma de cada vez. Dizem que a nossa visão é como as lentes grandes oculares das máquinas fotográficas: captam o todo. Pois é basicamente essa a compreensão que faltou à sociedade mundial durante o último século, quando não se pensou nos efeitos do seu crescimento para o ambiente, ou seja, o todo!

2. Menos competição, mais cooperação
Buscar o bem-estar coletivo em vez de desejos individuais é um passo essencial para  frearmos a exploração de recursos naturais e todos os outros tipos de exploração. Isso porque quem explora só pensa em si mesmo, enquanto a mulher pode ensinar a sociedade a pensar no outro. Afinal, desde a época das cavernas, ela está acostumada a pensar nos filhos e ser generosa enquanto o homem, que ia à caça nas selvas, precisava mesmo ser egoísta e competidor. “Uns pelos outros” em vez de “cada um por si” e o trabalho finalmente enobrecerá o homem – e a mulher!

3. Não é força, é jeito!
Para a mulher, é óbvio que a forma influencia o conteúdo. Nunca um cumprimento de “bom dia” será a mesma coisa se ela  passa ora cabisbaixa, ora sorridente. E é preciso muito jeitinho para avisar ao mundo de que todos temos de rever nossos hábitos e, especialmente, nossa consciência. Porque a forma da mensagem é mais importante do que nunca, esse chamado é feminino.

4. Sensível demais!
Sabe aquela inteligência feminina? Que percebe além da razão, decide independentemente da lógica, age sem calculismo? Isso é sensibilidade. E vai muito bem nessa época em que o mundo experimenta uma crise ambiental inédita: talvez o pensamento racional não tenha todas as respostas para ela, por isso precisamos de uma sociedade mais disposta e confiante na sensibilidade. Ela pode nos reconectar à natureza e nos levar mais longe.

5. A vida começa dentro delas
Dependemos das mulheres para iniciar a vida; mas para mantê-la dependemos dos outros filhos da Mãe Natureza. Não há ninguém mais competente que as mães para levar à nossa sociedade moderna essa noção de cuidado com a vida, em todas as suas formas.
6. Sem machismos, sem feminismos
Ao contrário de uma disputa entre os sexos, o que o mundo sempre precisou – hoje, mais do que nunca – é que masculino e feminino ajam na vida social como agem na vida pessoal: se completando. As decisões de uma liderança feminina equilibram o pensamento masculino. Não por acaso, essa é exatamente a mesma coisa que se pede para o meio ambiente: equilíbrio.

7. Precisamos cuidar da casa
Estamos trabalhando cada vez mais e acabamos não dando atenção à qualidade do ambiente em que vivemos. Que tal dividir as tarefas? Todos nós, homens e mulheres, precisamos cuidar mais da nossa casa: o planeta. O homem pode começar dando mais atenção a tarefas domésticas, enquanto a mulher deve achar um tempinho para integrar movimentos locais por melhorias em seu bairro, seu transporte, as leis da sua cidade ou mesmo para exigir alimentos livres de agrotóxicos na feira da região. Agindo localmente e pensando globalmente, é possível sim dar um jeito na casa.

8. Trabalho de macho? Não, de fêmea!
Apesar de as mulheres participarem cada vez mais da sociedade, ainda não se garantiu que os valores femininos chegassem lá nos líderes, para equilibrar decisões importantes. É que a mulher aprendeu a trabalhar com o homem, e cismou que um bom trabalho exige a rigidez e a objetividade masculinas. Pelo contrário! O que precisamos levar de casa é nossa sensibilidade, compreensão do todo, cooperação, cuidado, responsabilidade, atenção à forma de fazer.
Quando a mulher de cada canto põe a mão na massa, é um movimento de massa que chega a todos os cantos do mundo. Motivo não falta.

Fonte: Superinteressante 
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