Um jovem mineiro descobriu uma maneira de transformar
garrafas PET em gabinete de computador. O desenvolvimento desta tecnologia
resultou em um aparelho leve e pequeno, chamado de EcoPC.
Morador de São Lourenço, Minas Gerais, Adriano Reis Carvalho
percebeu durante uma enchente que muitas garrafas plásticas eram jogadas na
rua, o que prejudicava a cidade. Ele então pensou que este material poderia ser
usado para fazer um computador e colocou a ideia em prática. Após muitas
tentativas concluiu um protótipo.
O projeto do EcoPC teve o apoio de catadores de lixo da
cidade, que vendiam as PETs já prensadas. "Demorei um ano para conseguir
alcançar o resultado final. Com 20 garrafas, criei o primeiro EcoPC",
disse Carvalho, que possui uma empresa Aja Tecnologia com dois sócios.
As garrafas poderiam ser modeladas da maneira que quisesse e
ele optou por criar um gabinete pequeno de cinco por 18 centímetros, que pesa
apenas 800 gramas, e ajuda a reforçar a ideia de PC sustentável. "O EcoPC
é mais leve e oito vezes menor que um computador padrão, o que ajuda a diminuir
os gases do efeito estufa, pois no mesmo veículo que seria transportado X
computadores, nós poderíamos transportar muito mais unidades", afirmou
Carvalho em entrevista ao Olhar Digital.
Assim como a parte externa, a interna também é ecológica,
pois foi inserido uma placa mãe de baixo consumo energético. Desta forma, o PC
sustentável pode apresentar um terço a menos de gasto. "Enquanto um
computador tradicional gasta 60 W de energia, o EcoPC gasta 20,7 W”.
Os computadores têm vida curta e para evitar o problema da
acumulação de lixo eletrônico a empresa criou um programa de reciclagem do
produto. Com dois ou três anos de uso, a companhia se propõe a comprar os
EcoPCs obsoletos para reciclá-los e fazer novas máquinas.
No momento, os sócios buscam investimento do governo ou
empresas privadas. Uma ideia que deve ser testada em breve é desenvolver novos
equipamentos com a mesma técnica. O equipamento está em processo de ser
patenteado e ainda não é comercializado.
Com informações do Olhar Digital.
Fonte: CicloVivo