sexta-feira, 3 de agosto de 2012

Bomba d'água movida a energia solar ajuda irrigar pequenas propriedades


A indústria de motores Anauger desenvolveu uma tecnologia 100% nacional, que capta raios solares e os transforma em fonte de energia através de painéis fotovoltaicos, a fim de promover o funcionamento das bombas de irrigação. O sistema promete ajudar a mudar a vida de pequenos agricultores. Detalhe: a inovação dispensa a eletricidade e pode representar um avanço significativo para áreas como a do Nordeste brasileiro, que sofrem com a falta de recursos hídricos e energéticos.

"As bombas ficam submersas em poços, reservatórios e cisternas, funcionando por um sistema de vibração para captação de água e irrigação da terra", explicou ao Brasil Econômico o diretor comercial da empresa, Marco Aurélio Gimenez.

Pelo fato de poder ser instalada em qualquer lugar, Gimenez lembrou que sua utilização vai além do setor agropecuário, podendo ser utilizado também em parques, praias, condomínios residenciais e comerciais. "Esse produto chega em momento crucial, em que estudos revelam que mais de 1 bilhão de pessoas, a maioria vivendo nas grandes cidades, poderão ficar sem água em 2050", argumentou.

No entanto, o desenvolvimento do produto, de acordo com o empresário, não se deu apenas por esses motivos, mas por conta de a sustentabilidade ser uma das missões da companhia. "Estávamos há 10 anos buscando alternativas para o funcionamento sustentável das bombas. Ela está há um ano no mercado", detalhou o executivo, que garante não existir ainda no mundo um produto de igual tecnologia.

"Os modelos disponíveis no mercado utilizam um sistema como o bombeamento de motores a diesel e gasolina ou ainda sistema de roda da água que geram impactos ambientais", observou Gimenez, ao ressaltar que a eficiência vibratória acaba sendo maior que a dos modelos tradicionais por conta de a energia ser armazenada em capacitores - tipo de bateria, que fornece energia para as bombas.

Sistema híbrido

As bombas da Anauger tem capacidade para bombear 8 mil litros de água por dia, e em dias chuvosos de 500 a 600 litros. Mas o investimento da empresa não para por aí. Gimenez contou que a companhia está empenhada em buscar novas fontes alternativas para ampliar a aplicação dos sistemas de bombeamento.

"Estamos desenvolvendo bombas por geradores eólicos. Nossa meta é oferecer em 2013 um sistema híbrido, que poderá funcionar 24 horas por dia", projetou o executivo.

Quanto ao investimento, Gimenez argumentou que a instalação da bomba a partir de uma distância de 300 metros da rede já significa lucro, uma vez que não será mais preciso arcar com custos de energia junto a uma companhia distribuidora elétrica. Segundo ele, o sistema de geração de energia fotovoltica tem durabilidade de 25 anos. "O custo pode ser alto no início (o valor do sistema completo de cada bomba é de R$ 3 mil), mas em 10 anos esse investimento é amortizado", ponderou.



Fonte: EcoDesenvolvimento


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