O escritório dinamarquês de arquitetura Tredje Natur
elaborou o projeto de um bairro verde, na capital Copenhague. A proposta
consiste em criar uma estrutura adequada para suportar os efeitos das mudanças
climáticas nos próximos anos.
A ideia dos arquitetos é mostrar como a cidade pode ser
organizada de modo que seja possível gerenciar a água da chuva, aproveitar
melhor o espaço e oferecer opções sustentáveis à comunidade local. O projeto
seria aplicado a um bairro já existente, que passaria por um processo de
recuperação.
Uma das consequências mais temidas nas mudanças climáticas é
o aumento das precipitações. “O aumento das chuvas é um grande desafio para a
nossa cidade. Mas, por enfrentar o desafio da forma correta, podemos proteger a
cidade de aguaceiros e ao mesmo tempo trazer novos valores recreativos à
cidade”, falou a secretária municipal de Tecnologia e Meio Ambiente, Ayfer
Baykal.
É justamente isso que os arquitetos esperam fazer na área de
50 mil metros quadrados, desenvolver um novo espaço urbano. O bairro deve
mesclar de maneira bastante equilibrada as áreas construídas e florestadas.
Centenas de espécies de plantas garantirão o melhor controle do microclima,
biodiversidade e também da gestão da água da chuva. Além disso, deixarão o
local mais atrativo e agradável aos visitantes e moradores.
A água foi um dos temas mais trabalhados no projeto
dinamarquês. O destaque deve-se ao fato de que grandes cidades constantemente
sofrem com os efeitos das chuvas, que resultam em inundações e sobrecarga nos
sistemas de esgoto e gestão das águas.
Para evitar estes problemas, as ciclovias servirão como
canais de águas pluviais, o bairro contará com torres de água, telhados verdes,
jardins urbanos e canais que levam a água para fora do bairro.
A região é densamente povoada, mas a intenção é
transformá-la em uma vitrine para tecnologias de adaptação climática. “Nossos
principais conceitos são movidos pela noção de que um projeto coerente e
natural cria estratégias mais poderosas e soluções para o bairro como um todo,
mas também compreendem uma sensibilidade para espaços individuais, lugares e
pessoas que moram na área”, explicou Ole Schröder, sócio do Tredje Natur.
Fonte: Ciclo Vivo