Mesmo com os preços do carbono atingindo recordes de
baixa, o mercado de compensação de carbono tem um longo futuro para ajudar o
mundo a reduzir as emissões de gás do efeito estufa, segundo afirmou na
quinta-feira, 19 de julho, Maosheng Duan, presidente-executivo do Mecanismo de
Desenvolvimento Limpo (MDL) da Organização das Nações Unidas (ONU).
Os créditos de carbono apoiados pela ONU, chamados de
reduções certificadas de emissões (RCE), caíram cerca de 70% ao longo dos
últimos 12 meses, com a grande oferta de créditos por causa da queda na demanda
devido a desaceleração da economia. O contrato RCE de referência atingiu
recordes de baixa ao cair para abaixo de 3 euros esta semana.
"Não vejo os preços baixos atuais afetando a
longevidade do mercado de carbono", ponderou Maosheng Duan. Trata-se de um
mecanismo maduro que já provou sua validade. Pode-se facilmente prever um papel
maior para o CDM como fornecedor de compensações de qualidade para os diversos
sistemas emergentes de comércio de emissões em diversas partes do mundo",
reforçou.
O Protocolo de Kyoto é o único pacto legalmente
vinculante que impõe limites nas emissões de gases do efeito estufa dos países
desenvolvidos, responsabilizados por contribuir para as mudanças climáticas,
como secas e inundações. Firmado em 1997, no Japão, o tratado expira em 31 de
dezembro de 2012.
Governos e empresas em países desenvolvidos podem obter
créditos de carbono investindo em projetos de baixo carbono nas nações em
desenvolvimento. Eles podem usar os créditos para alcançar as suas metas de
Kyoto.
Fonte: Ecodesenvolvimento.com